Materialização: fenômeno do algodão

No dia 07 de janeiro estive com um casal de amigos em Votuporanga para conhecer a Estância Casa Caminho e Luz e o trabalho da médium Edelarzil Munhoz Cardoso, célebre pelas materializações popularizadas como “fenômeno do algodão”.

Em linhas gerais, os trabalhos se iniciam com a entrada dos visitantes, em fila.

Cada um é benzido/cruzado por Dona Edelarzil, enquanto são recitadas orações (as mesmas que compõem a trezena que cada consulente deverá rezar). A seguir inicia-se uma palestra, em que a médium explica a natureza de seu trabalho e fala sobre as materializações não apenas como manifestações de trabalhos encomendados e energias negativas enviados por outras pessoas, mas como resultado dos pensamentos, das posturas, das atitudes de cada um. Então, cada consulente se dirige à frente da sala de orações, com sacolinhas (para si e para pessoas que representa), enquanto Dona Edelarzil começa a retirar do monte de algodão objetos materializados, os quais representam problemas/bloqueios, conforme explica uma lista previamente preparada (quando algum objeto materializado não se encontra na lista, Dona Edelarzil ou os colaboradores da casa orientam os consulentes). O ambiente é de silêncio e concentração. As sacolas com os objetos devem ser entregues aos colaboradores da casa.

Horas antes do início dos trabalhos, após a distribuição das senhas, os consulentes picam com as mãos os rolos de algodão e os colocam em caixas, em exercício de preparação/meditação, enquanto ouvem CDs com músicas calmas ou mensagens espirituais, parábolas, textos motivacionais. O ambiente é de acolhimento fraterno e solidariedade.

Dona Edelarzil deixa claro, em especial no caso da trezena, que a postura de oração é muito importante. Quem, por alguma razão, não puder rezá-la, que ore de outra maneira. Também ressalta que não adianta recitá-la maquinalmente. Creio que, como em outros casos, a trezena funcione como uma chave, sendo uma egrégora de força, de luz. As orações poderiam ser outras, mas a fé e a intenção são insubstituíveis. Tenho feito a trezena com fé e gratidão.

A respeito dos objetos materializados, alguns exemplos:

“Cerâmica” – Confusão mental.”

“Colher – deixar a pessoa perturbada, sem apetite e indisposta a tudo.”

“Farofa – Oferta para Exu, mexer com a vida.”

“Perfume – Trabalho para Pomba-gira.”

Certamente o “Exu” e a “Pomba-gira” que constam da lista não são os Guardiões, os trabalhadores que, não apenas na Umbanda, mas em toda tradição espiritual/religiosa, atuam pelo Bem e pela Luz em ambientes e situações adversos, com nomes e características os mais variados. Popularmente, como os umbandistas sabemos, “Exu” e “Pomba-gira” são sinônimos de espíritos zombeteiros e/ou que praticam maldades, ou seja, “quiumbas”. Amorosamente fica o convite aos irmãos que assim pensam e/ou se utilizam dessa terminologia para conhecerem, ao menos um pouquinho, a respeito de Exu e de Pomba-gira (Laroiê, com gratidão, alegria e respeito!).

A respeito do fenômeno de materialização existe vasta bibliografia especializada e muitas oportunidades de observação e estudo de campo. No caso de Dona Edelarzil, a materialização é um amoroso trabalho feito pela Espiritualidade Amiga, por meio da médium, para limpeza energético-espiritual. Acredito que todos os consulentes sintam-se gratos à Dona Edelarzil, à Espiritualidade Amiga, à equipe de colaboradores, bem como àqueles que lhes falam da Estância e/ou os acompanham neste encontro de paz e luz.

Deixa a gira girar!

Dermes

Estância Casa Caminho e Luz

Rodovia Euclides da Cunha, Km 513 – Caixa Postal 122 – CEP: 15500-000 – Votuporanga – SP – Fone/Fax: (17) 34225395.