Nome genérico e geralmente pejorativo com que se refere às religiões afro-brasileiras, macumba foi também uma manifestação religiosa, no Rio de Janeiro, que em muito se aproximava da cabula. O chefe do culto também era conhecido como embanda, umbanda ou quimbanda, tendo como ajudantes cambonos ou cambones. As iniciadas eram conhecidas ora como filhas-de-santo (influência jeje-nagô), ora como médiuns (influência do espiritismo).
Orixás, Inquices, caboclos e santos católicos eram alinhados em falanges ou linhas, como a da Costa, de Umbanda, de Quimbanda, de Mina, de Cambinda, do congo, do Mar, de Caboclo, Cruzada e outros.
De origem banta, porém com étimo controvertido, macumba poderia advir do quimbundo “macumba”, plural de “dikumba”, significando “cadeado” ou “fechadura”, em referência aos rituais de fechamento de corpo. Ou ainda viria do quicongo “macumba”, plural de “kumba”, com o sentido de “prodígios”, “fatos miraculosos”, em referência a cumba, feiticeiro. Com outras raízes etimológicas, no Brasil, o vocábulo designou, ainda, um tipo de reco-reco e um jogo de azar.
Para dissociar-se do sentido pejorativo, o vocábulo macumba tem sido utilizado nas artes em geral com valor positivo. O marco mais recente é o CD “Tecnomacumba”, da cantora maranhense Rita Ribeiro.
Barbosa Júnior, Ademir. O ESSENCIAL DO CANDOMBLÉ. São Paulo: Universo dos Livros, pp. 20-21.
Escrito por: Prof Dermes
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