De 1936 a 1953, muitos livros do editor Paul Hartmann foram ilustrados com fotografias de Pierre Verger, seja integralmente - Cuba, México - seja em parte - Itália, Espanha, Brasil, Congo Bélgica. Essas obras foram, em geral, elaboradas a partir de quatro aspectos específicos das civilizações visitadas: arquitetura, vida cotidiana, festas populares e natureza.
1954 - Dieux d’Afrique. Culte des Orishas et Vodouns à l’ancienne Côte des Esclaves en Afrique et à Bahia, la Baie de Tous les Saints au Brésil.
Dieux d´Afrique foi o primeiro livro escrito por Pierre Verger. O livro é resultado do seu progressivo interesse pelos cultos afro-brasileiros e das sucessivas viagens que ele fez no Benin, a partir de 1947, a convite de Théodore Monod e o Ifan. Esse livro, é considerado por certas pessoas como um dos primeiros livros de antropologia-visual. Nele, Verger faz uma descrição dos vários deuses que se encontram tanto na costa dos escravos na África como em Salvador
1956 - Indiens pas morts
Esse livro, considerado de primeira importância na história da fotografia, traz fotos de dois grandes fotógrafos além de Verger: Robert Franck e Werner Bishoff. Editado por Delpire numa edição de grande qualidade, o livro apresenta fotografias realizadas em vários países andinos (Peru, Bolívia, Equador) pelos 3 fotógrafos que nunca se encontraram e provavelmente não fotografaram essas região com a intenção de publicar esse livro.
1957 - Notes sur le culte des Orisá et Vodun à Bahia, la Baie de tous les Saints, au Brésil et à l’ancienne Côte des Esclaves en Afrique
Notas sobre o culto aos orixás e vodus é o resultado de uma primeira pesquisa realizada no início dos anos de 1950, sobre os cultos aos orixás na África e suas ligações no Novo Mundo, a influência das diferentes etnias que lhe deram origem,. A obra traz uma farta documentação referente aos orixás, ilustrada apenas por algumas fotografias. O texto oferece uma discussão ampla da literatura existente sobre o assunto, além de apresentar como assunto principal, não somente informações detalhadas sobre os orixás, mas também uma grande quantidade de textos sagrados e cantigas referentes a cada um dos orixás, recolhidos em uma exaustiva pesquisa de campo.
1968 - Flux et reflux de la traite des nègres entre le golfe de Bénin et Bahia de Todos os Santos du dix-septième au dix-neuvième siècle
Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Baía de Todos os Santos, dos séculos XVII a XIX, marco na historiografia brasileira, foi resultado de uma extensa pesquisa de campo e em inúmeros arquivos, na busca de dados que pudessem elucidar aspectos, até então desconhecidos, das múltiplas ligações entre a Bahia e a África. Essa temática tornou-se uma das mais importantes na obra de Verger, devido aos contatos constantes que ele teve com os descendentes de escravos libertos e retornados à África. O livro tornou-se a sua tese de doutorado em Estudos Africanos pela Sorbonne em 1968.
1980 - Retratos da Bahia, 1946 a 1952
Essa obra, que virou um clássico de Verger , com várias reedições. Desvenda o charme e a beleza da cidade de Salvador, na Bahia entre as décadas de 1940 e 1950: arquitetura, mercado, candomblé, porto, festas populares, artistas. Encontram-se todos os aspectos da cidade que encantaram Pierre Verger desde a sua chegada, em 1946, até a sua morte.
1981 - Orixás, Deus iorubas na África e no Novo Mundo
Essa obra é, sem dúvida, a mais popular em Salvador, especialmente para aqueles que se interessam pelos cultos afro-brasileiros. Livro na mesma linha que Dieux d´afrique (1954) e Notes e sur Le cults dês orisá (1957), ele reúne mais de 250 fotografias com textos originais. Entretanto, nesse livro destaca-se mais a questão dos cultos africanos no Novo Mundo, focando principalmente seus efeitos em Salvador e Recife.regiões que mais receberam essas influências na formação de suas culturas.
1982 - 50 anos de fotografia.
Nesse livro, Pierre Verger conta, através de uma narração divertida, suas viagens e sua carreira de fotógrafo. Dividido em 27 capítulos acompanhados por um texto e várias fotografias, esse livro tem a sua importância por ser a única obra autobiográfica de Verger e, até hoje, é a principal fonte de informação para quem quer entender o percurso do fotógrafo.
1993 - Pierre Verger, Le Messager. The Go-Between - Photographies 1932-1962
Sem dúvida, uma das mais belas coletâneas de fotografias de Pierre Verger. Espécie de autobiografia fotográfica. Através de magníficas fotos selecionadas por Pierre Verger, Jean-Louis Pivin e Pascal Saint-Léon, este livro de arte desvenda a qualidade estética da obra de Verger. Uma biografia cronológica com mais de 14 páginas finaliza a obra.
1995 - Ewé : o uso das plantas na sociedade iorubá
Essa obra, que foi publicada poucos meses antes da morte de Pierre Verger, é a conclusão de mais de 20 anos de pesquisa. Nela, Verger lista as plantas utilizadas na farmacopéia iorubá e reproduz 2216 receitas usando essas plantas, com cada receita acompanhada das devidas encantações. No final, um glossário apresenta cada planta com um desenho e seu nome cientifico.
Fonte: http://www.pierreverger.org
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