domingo, 13 de novembro de 2011

Numerologia Pitagórica

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Existem diversos sistemas numerológicos, dentre eles o indiano, o japonês, o cabalístico e o caldaico. No ocidente, predomina a chamada Numerologia Pitagórica, embora diversos pesquisadores apontem a inadequação do termo, dentre várias razões porque Pitágoras não trabalhava com o alfabeto latino.
A história dos números é vasta. Já os pré-históricos demonstravam, por meio de desenhos, a noção de número como quantidade. Certamente os primeiros números foram contados nos dedos das mãos, posteriormente com outros acessórios, como as pedras (donde os vocábulos calcular e cálculo). Por volta de 3.000 a.C. os sumérios apresentavam um sofisticado sistema de horas com 60 minutos cada e com minutos de 60 segundos cada. Tal sistema foi posteriormente aperfeiçoado por babilônios e caldeus. Estes, aliás, já se utilizavam da Numerologia e da Astrologia fazia milhares de anos.

Pitágoras nasceu em Samos, uma ilha do mar Egeu, aproximadamente em 570 a.C.. Por volta de 531 a.C., fundou em Crotona, na Sicília, uma associação de caráter filosófico, ético e político. Faleceu em Metaponto, entre 496 e 497 a.C.. Em suas viagens, teve contatos com diversas correntes religiosas e/ou espiritualistas, o que certamente influenciou sua visão ecumênica da divindade, de modo a ter respeitado a orientação religiosa de cada aluno. Embora algumas das práticas pedagógicas de Pitágoras (reais ou "mitológicas") apresentem-se hoje como autoritárias e/ou insensíveis (processo de iniciação e aprovação dos discípulos), devem ser consideradas no contexto esotérico iniciático da Antiguidade. De qualquer maneira, a essência do sistema pitagórico envolvia o estudo da Aritmética, da Geometria, da Música, da Astronomia e dos antepassados do discípulo, assim como de seu equilíbrio emocional e comportamental. Em linhas gerais, para Pitágoras, a evolução é um caminho natural da vida, assim como o número, carregado de simbologia, representa a lei do Universo.
Alguns pesquisadores chegam a negar a existência de Pitágoras "pessoa física", assim como acontece com Homero. Entretanto, a doutrina dita pitagórica existe, independentemente de ter sido codificada por mais de um estudioso, chamado ou não Pitágoras.
Embora ao longo da História, tenha havido uma série de alterações de calendários, datas etc., isso não invalida a Numerologia Pitagórica enquanto ciência do estudo das vibrações numéricas, uma vez que os números representam arquétipos. Além disso, como o mundo astral/espiritual reflete-se no mundo físico, os registros individuais e coletivos, ainda que, muitas vezes e infelizmente ordenados de maneira arbitrária e violenta, permitem ao ser humano conhecer mais a si mesmo e à organização do cosmos. Nesse sentido, embora o planeta não tenha apenas dois mil e poucos anos, como estamos no terceiro milênio, para calcular a vibração "geral" do ano novo, deve-se, considerar-se a vibração 4, correspondente à redução de 2011 (2 + 0 + 1 + 1). O mesmo vale para os registros individuais, que envolvem diversos cálculos, os quais, quando combinados, constituem os chamados Mapas Numerológicos Pessoais.
O estudo da Numerologia não se presta a sustentar nenhuma forma de determinismo e/ou fatalismo. Ao contrário, oferece elementos para, conforme o livre-arbítrio, facilitar e promover a evolução, mediante uma vida mais equilibrada e harmoniosa.
A vibração 4
Palavras-chave
Aspectos luz: Força de vontade, realização, concretização, método, determinação, confiança, responsabilidade, obstinação.
Aspectos sombra: Fraqueza, teimosia, rebeldia gratuita, discussões exacerbadas, e mesmo violência.
O número 4 indica, ainda, a necessidade de parar para refletir (pensar, planejar) para trabalhar (concretizar algo) a fim de mudar (alterar, transformar) situações.
O equilíbrio vem da integração entre os aspectos luz e os aspectos sombra, e não da negação desses últimos.
Algumas correspondências
Tarô de Marselha – IIII – O Imperador
Aspectos luz: Forte autoridade. Necessidade de consulta a uma autoridade superior. Vontade. Força de execução. Riqueza material. Lei. Poder público. Perseverança. Certeza. Força resoluta. Influência de Saturno, Marte e Júpiter.
Aspectos sombra: Dogmatismo. Fraqueza de caráter. Imobilismo. Receio da autoridade.
Tarô dos Orixás – 4 – Xangô
O Orixá da Justiça, dos raios e das pedreiras lembra que as conquistas são consequências de investimentos (tempo, determinação e outros). Autoridade sem justiça é autoritarismo. Justiça sem compaixão também. Vale a pena também lembrar que Justiça não rima com Vingança.
Tarô da Criança Interior – IV – As roupas novas do Imperador
Para viver de modo equilibrado, é necessário não se entregar ao auto-engano, à falácia. É muito importante integrar-se ao aspecto feminino da existência (III – Mamãe Ganso/A Imperatriz). E, claro, não perder a leveza, o sonho, o lúdico, o prazer, ouvindo sempre a voz sábia da criança interior que nos alerta a respeito das ilusões alimentadas por nós mesmos, as quais muitas vezes se sustentam pelo coro daqueles que temem desafiar a autoridade do déspota que insiste em reinar em cada um de nós.
Tarô Mitológico – 4 – Zeus
O princípio paterno, ora protetor, ora vingativo quando sua autoridade é desrespeitada. É preciso equilibrar esse princípio, em si mesmo, e na relação com o paterno externo (os vários pais que temos ao longo da vida). A águia, enquanto emblema de Zeus, nos recorda a necessidade de integração dos aspectos luz e sombra da autoridade, uma vez que essa ave possui visão extremamente aguçada, mas também é de rapina (referência a agressividade em diversos níveis e ao desejo de posse/conquista). Construção, concretização, estruturação.

Dermes

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