A minha tez é clara, o meu cabelo anelado, meu nariz afinado e os quadris arredondado, a minha terra é esta .
De que lado me encontro? num corpo que traz etnias, num jeito próprio de um povo.
O meu pai dizia branco, minha mãe mulata diz, minha avó italiana, mas é a África a minha raiz.
Me identifico com o tambor, ele me chama, ele me encanta, ele me dá recados de longe, ele mensageia meus ancestrais, o tambor mexe na branca o quadril da mulata, e me deixa livre para transmutar de culturas e crença.
Como se fosse tão meu este entender de orixás e santos , me encanto com a avó de angola, com o Jorge de Roma com a brandura dos éres da praia da Barra com minha Nanã Santana, ou com uma linda vovó baiana.
De que lado me encontro? num corpo que traz etnias, num jeito próprio de um povo.
O meu pai dizia branco, minha mãe mulata diz, minha avó italiana, mas é a África a minha raiz.
Me identifico com o tambor, ele me chama, ele me encanta, ele me dá recados de longe, ele mensageia meus ancestrais, o tambor mexe na branca o quadril da mulata, e me deixa livre para transmutar de culturas e crença.
Como se fosse tão meu este entender de orixás e santos , me encanto com a avó de angola, com o Jorge de Roma com a brandura dos éres da praia da Barra com minha Nanã Santana, ou com uma linda vovó baiana.
Quando peço a um santo grita o meu lado europeu, quando chamo um orixá grita o meu lado Africano.
Que terra é a minha?
Que povo é o meu?
Porque amo tanto o branco, o índio ou o Africano?
O índio que mora no meu avô Laurindo, é o índio que colore a minha íris que me faz transportar para a floresta e correr nos meus sonhos para a Grécia, para os confins da minha identidade, para o início desta magia chamada miscigenação, tez pura da etnia.
Não há branco que me assuste, não há negro que me ofusque, o que me tira do sério é o brilho da lantejoula, a pena que se levanta no cocá do meu avó e no mágico tambor que deixa o meu corpo descompassado fazer o mais lindo bailado quando toca o meu pé no terreiro e o meu coração brasileiro pede maleme a Oxalá e sonha com minha Bisá escrava de Minas Gerais, trazida lá de Angola para misturar esta cor e deixa rastro de negra na branca tez de meu avó Português.
Que terra é a minha?
Que povo é o meu?
Porque amo tanto o branco, o índio ou o Africano?
O índio que mora no meu avô Laurindo, é o índio que colore a minha íris que me faz transportar para a floresta e correr nos meus sonhos para a Grécia, para os confins da minha identidade, para o início desta magia chamada miscigenação, tez pura da etnia.
Não há branco que me assuste, não há negro que me ofusque, o que me tira do sério é o brilho da lantejoula, a pena que se levanta no cocá do meu avó e no mágico tambor que deixa o meu corpo descompassado fazer o mais lindo bailado quando toca o meu pé no terreiro e o meu coração brasileiro pede maleme a Oxalá e sonha com minha Bisá escrava de Minas Gerais, trazida lá de Angola para misturar esta cor e deixa rastro de negra na branca tez de meu avó Português.
Valéria Barbosa
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