terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mediunidade






Texto retirado do blog do nosso amigo e colaborador Fabio Fittipaldi
Acessem: http://www.umbandacomamor.com.br


"Queres ser Mestre?... Então, aprende primeiro a ser discípulo".
Conceito: médium = meio ou intermediário.
Mediunidade = faculdade daquele que é médium ou intermediário do mundo material com o espiritual. A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.
Na conceituação da Doutrina Espírita, mediunidade tem uma significação mais ampla.
Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, no item 226 do capítulo XX, diz que a mediunidade se radica no organismo. Isto quer dizer que todos possuímos rudimentos de mediunidade. A mediunidade será desenvolvida em diferentes graus naqueles em que ela se apresente de forma mais acentuada.
A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode "explodir", causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional.
É importante esclarecer, entretanto, que não é a mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que pode ficar sem auto-controle, instável emocionalmente e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.
OBJETIVOS DA MEDIUNIDADE
No capítulo XXXI da obra citada, na mensagem no XV, o Espírito da Verdade diz: "Todos os médiuns são incontestavelmente chamados a servir a causa do Espiritismo na medida de suas faculdades, mas há bem poucos que se não deixam prender na armadilha do amor próprio."
Nesta assertiva, verificamos com clareza os objetivos nobres que caracterizam a mediunidade sob a ótica espírita levando-nos a concluir que o médium à serviço do Espiritismo deverá exercer a faculdade mediúnica com desprendimento, abnegação e responsabilidade.
"Todo e qualquer médium é responsável pela qualidade do fenômeno que veicula."
O exercício da mediunidade direcionado para o bem requer cuidados especiais para que possa atingir os nobres objetivos propostos pela Doutrina Espírita - o progresso moral da criatura humana e a busca da verdade.
"Instrumento programado para o serviço do amor e do esclarecimento da criatura humana, e, pois, conseqüentemente da humanidade, faculta o intercâmbio com os seres espirituais que comprovam a sua sobrevivência à morte, fazendo-se identificar, sem margem a dúvidas, propiciando uma revolução ético-comportamental relevante e demonstrando a legitimidade de todas as crenças religiosas no que tange ao futuro espiritual das criaturas."
Classificação dos fenômenos mediúnicos segundo seus efeitos
Segundo os efeitos que produzem, podemos classificar os fenômenos mediúnicos em:
1 - Fenômenos de efeitos objetivos, físicos ou materiais.
2 - Fenômenos de efeitos inteligentes ou subjetivos.
1 - Fenômenos de efeitos físicos ou objetivos são os que sensibilizam os nossos sentidos físicos e podem se apresentar da variada forma:
a) materialização
b) transfiguração
c) levitação
d) transporte
e) bicorporeidade ou bilocação
f) voz direta ou pneumatofonia
g) escrita direta ou pneumatografia
h) tiptologia
i) sematologia
2 - Fenômenos de efeitos inteligentes ou subjetivos são os que ocorrem na esfera subjetiva, não ferindo os cinco sentidos, senão a racionalidade e o intelecto. São os seguintes:
a) intuição
b) vidência
c) audiência
d) desdobramento
e) psicometria
f) psicografia
g) psicofonia
Vamos pela ordem de classificação conceituar estes fenômenos:
FENÔMENOS OBJETIVOS
a) Materialização - fenômeno em que ocorre a materialização ou formação de objetos e de Espíritos, utilizando-se uma energia esbranquiçada que o médium emite através dos orifícios do seu corpo. Chama-se ectoplasma, esta energia, cuja denominação foi dada por Charles Richet, estudava este fenômeno. Como exemplo mais eloqüente, podemos, podemos citar as experiências de William Crookes com a médium Florence, possibilitando a materialização do espírito Katie King de 1870 a 1874.
b) Transfiguração - modificação dos traços fisionômicos do médium. O espírito utiliza fluidos do mundo espiritual e os expelidos pelo próprio médium e os manipula envolvendo o rosto do médium com uma capa fluídica sobre a qual modela sua fisionomia.
c) Levitação - erguimento de objetos e pessoas, contrariando a lei da gravidade. Crawford, que estudou estes fenômenos, classificou-os como resultantes da sustentação sobre colunas de fluidos condensados, erguidas para suportar o peso dos objetos e erguê-los. São conhecidos como "colunas de Crawford".
d) Transporte - entrada e saída de objetos de recintos fechados.
e) Bicorporeidade - aparecimento do espírito do médium em outro local de forma materializada.
f) Voz direta - vozes de espíritos que soam no ambiente, independentemente do médium, através de uma garganta ectoplasmática.
g) Escrita direta - palavras ou frases escritas diretamente pelos espíritos.
h) Tiptologia - sinais os pancadas formando palavras e frases inteligentes.
h) Sematologia - movimento de objetos sem contato físico, traduzindo um desejo, um sentimento.
FENÔMENOS SUBJETIVOS
a) Intuição - é o mecanismo mediúnico mais evoluído da espécie humana. O médium consegue captar conteúdos mentais da dimensão espiritual e de lá retirar imagens, idéias ou grupos de pensamentos.
b) Vidência - é a percepção espiritual dos fatos que se passam na dimensão espiritual.
c) Audiência - pode-se ouvir através dos órgãos auditivos do corpo físico, vozes, mensagens bem caracterizadas ou dentro do cérebro onde as vibrações atingem os centros nervosos ou, ainda na zona espiritual.
d) Desdobramento - o espírito do médium desloca-se em desdobramento perispiritual às regiões espirituais ou aqui mesmo na Terra, mas sem se materializar.
e) Psicometria - é a faculdade mediúnica que possibilita o registro e a identificação dos fluidos dos objetos , de determinados locais com descrição de fatos ou pessoas relacionados com os mesmos.
f) Psicografia - manifestação mediúnica através da escrita. Pode ocorrer em graus e aspectos diferentes.
h) Psicofonia - é a manifestação mediúnica através da fala.
TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
Se temos um efeito - o fenômeno físico - ele deve ser a causa.
Vamos analisar os fenômenos mediúnicos produzidos pelos espíritos desencarnados buscando saber como se opera esta ação, qual é o seu mecanismo.
Anotem que, estas teorias não nasceram de cérebros humanos, mas foram eles próprios, os espíritos desencarnados, que as deram. Fizeram-nos conhecer primeiro a sua existência, sua sobrevivência. Em segundo lugar a existência de um invólucro semi-material que lhes serve de corpo no
mundo espiritual e que tem possibilidades de ação sobre a matéria física, - o perispírito.
O fenômeno mediúnico de efeito físico ou material, tem sua explicação na ação do perispírito que utilizando suas propriedades age e manipula os fluidos do plano espiritual e do médium.
Para atuar sobre um objeto inanimado, o espírito desencarnado combina o seu fluido perispiritual com o fluido que escapa do médium, satura os espaços interatômicos e intermoleculares da matéria e, com a força do pensamento, age movimentando o que deseja. Temos como exemplo a movimentação de objetos e transporte através de recintos fechados.
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS
Em alguns lugares, tal como aconteceu com as Irmãs Fox, em Hydesville, em 1848, observaram-se fenômenos mediúnicos ostensivos, com batidas ou erguimento de objetos, sem que nenhuma pessoa tivesse intenção de fazê-lo ou consegui-lo. Ocorrem espontaneamente e muitas vezes dão origem a fenômenos em determinados locais que são denominados, de "casas mal assombradas".
É importante que se observe antes de qualquer julgamento, se fenômenos espontâneos ocorridos nestes locais ou em torno de nós não são:
- frutos da imaginação ou alucinações;
- de causa física conhecida;
- mistificações, fraudes de pessoas inescrupulosas.
Excluídas as causas acima, iremos analisar o motivo pelo qual os fenômenos ocorrem ou são provocados:
1 - perseguição de espíritos;
2 - desejo de comunicar-se com a finalidade de expor alguma preocupação ou intenção;
3 - brincadeiras para assustar;
4 - intenção de provar sua sobrevivência e que o espírito é uma realidade;
COMO AGIR ?
1 - Não dar atenção quando o fenômeno for produzido por espíritos brincalhões;
2 - orientar quando produzidos por espíritos perturbadores e vingativos;
3 - atender às solicitações quando justas, dentro de nossas possibilidades;
4 - orar. A prece sincera e partida do íntimo da alma, tocar-lhes-á o coração e todos serão beneficiados, naturalmente.
O MÉDIUM
O médium deve estar sempre preparado para receber a ingratidão de alguém, ou mesmo a calúnia, nunca devendo revidar, porque mais dias menos dias, o ingrato ou o caluniador poderá precisar de seu trabalho mediúnico. É de um verdadeiro sacerdote na alta concepção da palavra. O médium que não pratica os preceitos acima, não alcançou ainda o poder da renúncia. Como pretendem receber comunicações de Guias ou Protetores elevados? É humanamente impossível, porque o que se observa freqüentemente é que as entidades denominadas de Exús quando da categoria de um Capa-Preta, Sete Encruzilhadas, João Caveira, Tranca-Ruas, Tirirí, Marabô e tantos outros, não incorporam num médium que não esteja em boas condições, ou seja, dentro dos preceitos acima, porque Exú de categoria tem ligação com as energias superiores. É necessário que o médium encare a sua função como a mais nobre e elevada, porque do seu trabalho e do seu esforço, depende a sua própria elevação espiritual.
Principais Sintomas da Mediunidade
a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados, as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes, as orelhas ardem.
b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.
c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devido à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.
d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável.
A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que se sentar para não cair. As vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo d'água com açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.
e) Taquicardia: comum em algumas pessias. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
f) Medos e fobias: a pesoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. As vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo que vai fazer.
Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.
Os tipos mais comuns de mediunidade
Existem mais de 100 tipos de mediunidade, mas os mais comuns são os seguintes:
a) Intuição: é um tipo de mediunidade onde o médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento, pois cada entidade produz um sintoma diferente no organismo.
b) Incorporação: é a mediunidade em que o médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou integral.
Na incorporação parcial, o médium fica consciente, isto é, ele sabe que está alí, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou ao desincorporar. Na incorporação parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium interferir na comunicação.
Na incorporação integral, o médium fica totalmente inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não vai se lembrar de nada do que se passou.
É importante esclarecer que a incorporação parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o médium não inteferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A esmagadora maioria dos médiuns trabalha em incorporação parcial e uma pequeníssima minoria em incorporação integral.
c) Vidência: é o tipo de mediunidade que permite aquele que a possui desenvolvida ver as entidades, as irradiações. Pode ser de três tipos: direta, intuitiva e focalizada.
Na vidência direta, o médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:
1 - na projeção, o médium vê apenas um facho de luz, uma coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem identifica a entidade.
2 - na parcial, o médium percebe uma forma humana ao lado de quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita identificação. Vê somente o contorno, a forma.
3 - no acavalamento, o médium vê a entidade por cima dos ombros de outro médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é Caboclo ou Preto Velho ou outro falangeiro, se os cabelos são longos ou curtos, etc. Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro médium, produziu uma falsa impressão de altura.
4 - no encamisamento, o médium vê a entidade toda, perfeita. Isso acontece na incorporação integral, quandoa entidade toma conta do corpo de um outro médium.
Na vidência intuitiva, o médium vê apenas com a mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental por intuição.
Na vidência focalizada, o médium utiliza algum objeto para vidência, como um copo d'água ou um cristal. As imagens aparecem no objeto de vidência.
d) Clarividência: é o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de mediunidade difícil de ser encontrado.
e) Audição: o médium ouve voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação de quem está dando a mensagem.
f) Transporte: é a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.
No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.
O transporte involuntário ocorre durante o sono.
Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar. As vezes recebemos nesses transportes soluções para nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: "Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono".
g) Deslocamento: é um transporte em que o espírito do médium fica visível a outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.
f) Psicografia: tipo de mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semi-mecânica ou mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.
Na psicografia intuitiva, o médium recebe mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.
Na psicografia semi-mecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do médium.
Na psicografia mecânica o espírito atua somente na mão do médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.
Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar, esse tipo de mediunidade é chamada de psicopictografia.
Alguns Gêneros de Mediunidades
1. MÉDIUNS SENSITIVOS: Pessoas suscetíveis de sentir a presença dos espíritos por uma impressão geral, local, vaga ou material. A maioria dessas pessoas distingue os bons dos maus pela natureza da impressão.
2. MÉDIUNS DELICADOS: São muito sensitivos, por isso devem abster-se das comunicações com os espíritos violentos ou cuja impressão é penosa em razão da fadiga que daí resulta.
3. MÉDIUNS NATURAIS: Os que produzem espontaneamente os fenômenos sem intervenção da própria vontade, e a mais das vezes à sua revelia.
4. MÉDIUNS FACULTATIVOS OU SECUNDÁRIOS: Os que tem o poder de provocar os fenômenos por alto da própria vontade
5. MÉDIUNS TIPOLÓGICOS: Aqueles pela influência dos quais se produzem os ruídos ou as pancadas. Variedade muito comum com ou sem intervenção da vontade.
6. MÉDIUNS MOTORES: Os que produzem o movimento dos corpos inertes. (Muito comuns).
7. MÉDIUNS DE TRANSLAÇÕES E DE SUSPENSÕES: Os que produzem as translações e suspensões de corpos inertes no espaço sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem elevar conforme a amplitude do fenômeno, porém, muito raro no último caso.
8. MÉDIUNS DE EFEITOS MUSICAIS: Provocam a execução de composições em certos instrumentos de música sem contato com estes. (Muito raros).
9. MÉDIUNS DE APARIÇÕES: Os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. São muito excepcionais.
10. MÉDIUNS DE TRANSPORTE: Os que podem servir de auxiliares aos espíritos para o transporte de objetos materiais. Variedades de médiuns motores e de translações são muito excepcionais.
11. MÉDIUNS PNEMATÓGRAFOS: os que obtêm escrita direta, fenômeno muito raro e sobretudo muito fácil de ser imitado pelos trapaceiros.
12. MÉDIUNS CURADORES: Os que tem o poder de curar ou aliviar a doença só pela imposição das mãos é excepcionalmente mediúnica, possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não.
13. MÉDIUNS AUDIENTES: Os que falam sob a influência dos espíritos. (muito comum).
14. MÉDIUNS VIDENTES: Os que estando de vigília vêem espíritos. Há visão acidental e fortuita de um espírito numa circunstância especial. E muito freqüente, mais a visão habitual ou facultativa dos espíritos sem destinação é excepcional. É uma aptidão à que se impõe o estado atual dos órgãos visuais, por isso e que cumprem nem sempre acreditar na palavra dos que dizem ver os espíritos.
15. MÉDIUNS DE PRESSENTIMENTOS: Pessoas que em dadas circunstâncias tem uma intuição vaga das coisas vulgares que ocorrerão no futuro.
16. MÉDIUNS SONÂMBULOS: Os que em estado de sonambulismo são assistidos por espíritos.
17. MÉDIUNS MÚSICOS: Os que executam, compõem ou escrevem músicas sob a influência dos espíritos. Há médiuns musicais, intuitivos e inspiradores, como os há para comunicações literárias.
18. MÉDIUNS ESCREVENTES PSICÓGRAFOS: Os que tem a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos espíritos.
19. MÉDIUNS ESCREVENTES MECÂNICOS: Aqueles cuja mão move um impulso involuntariamente, mas que tem instantaneamente consciência das palavras ou das frases a medida que escreve. São os mais comuns.
20. MÉDIUNS SEMIMECÂNICOS: Aqueles cuja mão se move involuntariamante mas que tem instantaneamente consciência das palavras ou das frases a medida que escreve. São os mais comuns.
21. MÉDIUNS INTUITIVOS: aqueles com quem os espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamante. Diferem dos médiuns inspirados em que estes últimos não precisam escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o pensamento que lhe é sugerido instantaneamente sobre um assunto determinado e provocado. São muito comuns, mas também muito sujeitos a erro por não poderem muitas vezes discernir o que provém dos espíritos, do que provém deles próprios.
22. MÉDIUNS POLÍGRAFOS: Aqueles cuja escrita muda com o espírito que se comunica ou aptos a reproduzir a escrita que os espíritos tinham em vida. O primeiro caso é muito vulgar, o segundo, o da entidade da escrita é mais raro.
23. MÉDIUNS POLIGLOTAS: Os que tem a faculdade de falar ou escrever em línguas que lhe são desconhecidas. (muito raros).
24. MÉDIUNS ILETRADOS: Os que escrevem como médiuns sem escrever no estado ordinário.
25. MÉDIUNS LACÔNICOS: Aqueles cujas comunicações, embora recebidas com facilidade, são breves e sem desenvolvimento.
26. MÉDIUNS EXPLÍCITOS: "As comunicações que recebem tem toda a amplitude e toda a extensão que se pode esperar de um escritor consumado". Esta aptidão resulta da expansão e da facilidade de comunicação dos fluídos. Os espíritos os procuram para tratar de assuntos que comportam grandes desenvolvimentos.
27. MÉDIUNS EXPERIMENTADOS: A facilidade de execução é uma questão de hábito e que muitas vezes se adquire em pouco tempo, enquanto que a experiência resulta de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do espiritismo. A experiência dá ao médium o tato necessário para apreciar qualidades boas ou más pelos mais minuciosos sinais para distinguir o embuste dos espíritos zombeteiros que se acobertam com aparências da verdade. Facilmente se compreende a importância desta qualidade sem a qual todas as outras ficam desprovidas de real utilidade.
28. MÉDIUNS MALEÁVEIS: Aqueles cuja faculdade se presta mas facilmente aos diversos gêneros, comunicações, e pelos quais os espíritos, ou quase todos, podem manifestar-se espontaneamente ou por evocações, estas espécies de médiuns se aproximam muito dos médiuns sensitivos.
29. MÉDIUNS VERSEJADORES: Obtêm mais facilidade do que outras comunicações em versos.
30. MÉDIUNS POSITIVOS: Suas comunicações tem geralmente um cunho de nitidez e precisão.
31. MÉDIUNS RELIGIOSOS: Recebem especialmente comunicações de caráter religioso, ou que tratam de questões religiosas sem embaraço de sua crença ou hábito.
32. MÉDIUNS HISTORIADORES: Os que revelam aptidão especial para exclamações históricas. Essa faculdade como todas as demais, independe dos conhecimentos dos médiuns, porquanto, não é raro ver que pessoas sem instrução e até crianças, tratar de assuntos que não lhes estão ao seu alcance.
33. MÉDIUNS CIENTÍFICOS: Não dizemos sábios porque podem ser muito ignorantes e apesar disso se mostra especialmente apto para as comunicações relativas às ciências.
34. MÉDIUNS RECEITISTAS: Tem a especialidade de servirem mais facilmente de intérpretes aos espíritos para as prescrições médicas. Importa não os confundir com os médiuns curadores. Visto que, absolutamente não fazem mais do que transmitir o pensamento do espírito, sem exercerem por si mesmos influência alguma.
As manifestações dos Exús sobre os médiuns
As ligações mediúnicas, através da incorporação, são efetuadas pelos espíritos, através do corpo astral do médium. Os espíritos comunicantes, usam, assim, os chakras do médium correspondentes à sua linha de atuação.
É claro que os demais chakras são utilizados, mas há sempre o chakra principal de ponto de contato e manipulação.
Quando a entidade "incorpora" ou nos momentos pré-incorporativos, um médium, pode sentir a diferença vibracional. Assim, um médium experimentado, consegue distinguir uma entidade da outra, pois as vibrações energéticas de cada entidade são diferentes umas das outras.
Um erê (criança) se manifesta utilizando o chakra laríngeo (localizado na garganta ou laringe), por isso que o corpo do médium fala com uma voz mais afinada, do tipo criança.
Os Exús por sua vez, também usam os chakras correspondentes, mas como estão muito ligados ao terra-a-terra, usam bastante o chakra básico ou genésico.
As Pomba-Giras, como são Exús, usam muito o chakra genésico (glândulas sexuais) para se manifestarem. Por dominarem e controlarem as energias relacionadas ao sexo, elas "carregam" este tipo de vibração.
Por esta característica, um médium "sente" uma mudança significativa no seu padrão vibracional, pois uma Pomba-Gira está "atirando" suas vibrações afins. Por isso, pode-se causar um certo incômodo no médium, pois o seu centro genésico é estimulado no lado astral e suas glândulas sexuais são estimuladas no lado material e ele pode sentir a mesma sensação de excitação. Na verdade é apenas uma energia se manifestando e o médium deve saber diferenciar uma excitação normal de uma manifestação de um Exú. Se o médium cair na tentação e deixar-se levar, ele poderá se prejudicar, gastando a sua energia à toa.
Também, a Pomba-Gira, por encontrar no médium energia sexual saturada, esgota-a nos momentos iniciais da incorporação.
Da mesma maneira, a Pomba-Gira, esgota a energia sexual de um consulente mais excitado. Elas, realmente se divertem com isso, mesmo estando trabalhando seriamente neste assunto.
Também devemos relevar que muitos médiuns põe para fora toda a sua libido nos momentos de incorporação de uma Pomba-Gira. Claro que as Pomba-Giras reconhecem isso na hora e podem até reajustar a sintonia do médium, dependendo do seu merecimento.
Outro fato muitíssimo importante é a manifestação de uma quiumba passando-se por uma Pomba-Gira. Deve-se tomar muito cuidado, pois certamente ela estará apenas vampirizando as emanações sensuais do médium, podendo prejudicá-lo seriamente.
Também devido à classificação dos Exús, pode ser que seja mesmo uma Pomba-Gira, mas uma rabo-de-encruza ou uma de nível bem próximo às trevas. Como elas não tem muito conhecimento do bem e do mal, podem também prejudicar um médium.
Vale lembrar que às vezes um consulente pode ficar fascinado ou encantado com uma Pomba-Gira. Isso é perigoso para a pessoa, já que pode desequilibrar-se.
O que fazer então ?
"Orai e vigiai" é o lema de todo médium. Devemos estar atentos não com os vícios alheios, mas com os nossos. Devemos direcionar as energias desequilibrantes e transformá-las em energias salutares, em ações benéficas.
Podemos, por imperfeição, ter os nossos vícios sexuais, mas através de um verdadeiro Exú Pomba-Gira, podemos nos curar com a ajuda de nossos esforços.
Quando vemos então um médium que manifesta uma Pomba-Gira e acharmos que está excitado, devemos mantermos vigilantes para que nós não caiamos nas vibrações sensuais que nos prejudicarão. Na verdade o médium, como ser muito sensível, está apenas deixando que as vibrações se manifestem por ele. Um bom exemplo disso é quando um espírito sofredor se aproxima de um médium, este sente todas as dores, como se fossem as suas mesmo, mas na verdade é apenas um reflexo que o médium sente. A vibração é do espírito sofredor.
Alguns exemplos de mediunidade.
Akhenaton, o sábio rei egípcio, ouve vozes e concebe o monoteísmo.
Abraão é chamado por mensageiros espirituais em Ur, na Caldeia, e conduzido pelo deserto.
Moisés guiado pelos espíritos do senhor, liberta os Hebreus.
Isaías conversa com os imortais e anuncia o advento Jesus Cristo.
Zoroastro aos 30 anos, contempla a visão celestina e revoluciona a Pérsia.
O príncipe Sidharta, tomado de súbita angústia, abandona a corte, refugia-se na floresta, e em meditação, aos 35 anos, encontra a verdade, mantendo contato com o além túmulo.
Sócrates, em pleno apogeu filosófico, deixa-se orientar pelo seu "daimon".
Constantino conduz seus exércitos ao triunfo orientado por uma visão.
Joana D'arc é guiada por visões de desencarnados e escuta diretrizes verbais de seus guias.
As convulsões demoníacas e angelicais atestadas pela igreja na grande noite medieval eram devidas a faculdades mediúnicas dos supostos possessos.
etc, etc, etc.
Esquema fisiológico da incorporação
Ao se aproximar do médium, a entidade o faz sentir os fluidos e essa aproximação causa modificações no metabolismo (funcionamento do organismo) da pessoa que os recebe. Também é afetado o campo mental. Quanto maior o preparo espiritual melhor a qualidade da vibração captada.
No início do desenvolvimento, o médium, ao sentir os fluidos, não tem domínio sobre si, sente-se inseguro e amedrontado, até pode se desequilibrar psicológica e emocionalmente, por isso é aconselhável, antes do desenvolvimento prático fazer com que o médium passe por uma preparação teórica e de imantações com passes hidromagnéticos, banhos especiais e treinamento de concentração. Antes de tudo é preciso que ele sinta-se seguro na nova doutrina. Após esse preparo o médium poderá oferecer condições favoráveis e até confortáveis para que as entidades se aproximem. As entidades também sofrem desgaste quando o médium não tem preparo adequado. É comum acontecer com médiuns pouco desenvolvidos e mal orientados, após uma incorporação, o aparecimento de uma forte dor de cabeça. Isto ocorre pois o fluido atinge, inicialmente, o chakra mediúnico (alto da cabeça ou moleira) em seguida o chakra posterior (nuca) e chakra frontal (testa). Esse "bombardeio"de vibrações atua fisicamente comprimindo e dilatando os vasos sangüíneos da região.
Em todos os casos de incorporação o fluido ao penetrar no organismo atinge primeiro o sistema nervoso central provocando um aceleramento geral no funcionamento do organismo do médium. Em seguida atinge o sistema gástrico podendo causar náuseas, vômitos, soluços ou azia, depois cai na corrente sangüínea e sua eliminação dá-se pelas mãos e pés por isso evita-se o uso de esmaltes (de qualquer cor) que atua como isolante.
Quando a quantidade ou o tipo de fluido é demasiado, podem ocorrer dores nas faces (nevralgias), dificuldade de respiração e outros sintomas enumerados a seguir:
» Depressão psíquica ­ o médium fica instável, passa de uma grande alegria para um estado de profunda tristeza, melancolia e solidão intima. É comum que nestes estados o médium se volte contra a família ou entes próximos dai a necessidade de acompanhamento por parte do seu Zelador que deverá lhe ensinar como aproveitar de forma benéfica toda a energia com que esta lidando, procurando mantê-lo sereno e ensinando-o como transformar tudo isso em progresso material.
» Perda de apetite ­ é comum que o excesso de fluido negativo ou positivo venha a suprir a necessidade de alimentar-se, fazendo com que o médium perca o interesse pelos alimentos. É como se o seu estômago fosse enganado, mas o seu metabolismo, com certeza sentirá as deficiências causadas pela falta de alimentação caso ele não seja orientado a tempo.
» Perda de sono ­ é provocada pela forte vibração recebida pelo cérebro deixando o médium em estado de ansiedade. Algumas pessoas, quando encontram-se empenhadas em atividades que lhes dão prazer, ficam tão excitadas que o próprio cansaço não lhes permite relaxar. É preciso dosar essa ansiedade e fazer equilíbrio com preces e banhos especiais.
» Sono profundo ­ é causado pela perda excessiva de ectoplasma (energia vital). O organismo fica fraco precisando de maior repouso para se recuperar. Já estas pessoas são suscetíveis a um cansaço físico, neste caso, além do repouso uma boa alimentação é aconselhável.
» Perda de equilíbrio ­ o médium pode ter a desagradável sensação de estar num vácuo (vazio). Pode estar andando pela rua e perder até mesmo o senso de direção. Caso grave, passível de obrigação.
» Dores musculares ­ o médium sente dores, principalmente na região lombar, pernas e ombros. No inicio do desenvolvimento essa dor é maior. O fluido depois de se alojar no sistema gástrico penetra na medula (coluna vertebral) e vai atuar na região lombar e nas extremidades do corpo dando uma sensação de peso e adormecimento.
» Sintomas clássicos ­ suor excessivo nas axilas, mãos , pés e faces e, também, orelhas quentes.
Incorporação
Suponhamos que o cérebro humano chegasse a mil "vibrações por segundo" e que o do espírito a duas mil em estado normal. Para que houvesse sintonia a vibração do espírito deveria baixar e a do ser humano subir até um ponto em comum. Isso implicaria esforço tanto do médium como da entidade, por isso faz-se necessária toda a dedicação e preparação anterior.
Obs.: quando usamos o termo "vibrações por segundo", estamos nos referindo a liberações de energia, não encontraremos em nenhum livro científico qualquer alusão ao termo. Trata-se de uma ilustração para facilitar a compreensão da sintonia entre médium e entidade.
Ao conseguir a sintonia dá-se a comunicação. Existem dois tipos de incorporação:
a) parcial
b) total
» Incorporação parcial ­ é aquela em que o médium cede às vontades do espírito mas vê, ouve e sabe o que se passa. Mesmo que parcialmente, ele observa tudo. O espírito não o toma por completo por não ter havido uma sintonia perfeita na escala de vibrações. O espírito do médium não abandona o corpo ele é envolvido pelo "plasma" do espírito.
O médium interessado e verdadeiro, que bem se preparou, embora esteja consciente, não interfere nos atos da entidade caso seja ela também verdadeira (se não, for basta desconcentra-se) e ao final da incorporação lembra-se parcialmente do que ocorreu e perde a noção de tempo. Neste tipo de incorporação pode haver, esporadicamente, uma quebra de sintonia, que os médiuns bem preparados superam com facilidade. Já os iniciantes devem abandonar imediatamente o que estiverem fazendo e procurar o Zelador de Santo ou a Entidade de comando da Gira. É melhor isso do que fingir pois a espiritualidade sabe mas permite que o médium se utilize do seu "livre arbítrio", afinal, só ele responderá pelos seus atos.
» Incorporação total ­ dá-se quando o médium, em equilíbrio perfeito e dotado de capacidade sonambúlica, consegue atingir as vibrações necessárias para o contato perfeito com o "cérebro" do espírito . Quando há essa sintonia, o espírito "encamisa" o médium passando a ter domínio total sobre ele. Neste caso o médium não vê nada, não tem controle algum sobre a situação.
É importante salientar que a incorporação parcial é tão verdadeira quanto a total. Na parcial aumenta a responsabilidade do médium para com os consulentes, pois, de forma alguma deverá interferir e, no caso de alguma lembrança lhe ficar na mente, ele não poderá, jamais, revelar a outra pessoa.
Algumas pessoas fingem ser inconscientes por medo de serem confundidas com mistificadores. Não sabem que quase a totalidade dos médiuns estão nas mesmas condições. Exatamente por ser grande o número de pessoas conscientes, não aceitamos a prática de testes de dor para determinar a veracidade da incorporação. Isso é coisa ultrapassada, de uma UMBANDA antiga e inculta, onde inclusive alguns se utilizavam desse artifício para manipular a comunidade em benefício próprio (moral ou material) e humilhando os médiuns estes não tinham coragem de pedir explicações.
Animismo ­ assim denominamos a condição de o médium achar que está incorporando uma entidade mas, na verdade, estar vazio, estar sugestionado. Isto ocorre com médiuns mal preparados, que não cumprem suas obrigações, não se concentram, não renovam suas imantações, não acontece por escolha própria. Cabe ao Zelador detectar o problema avaliando as atitudes do médium incorporado e, com muito carinho, ensinar-lhe sem fazer com que ele se sinta incapaz.
Em vez de entrar em transe mediúnico, o médium adentra o seu próprio mundo íntimo e dá manifestação. Mas não está sob a influência de outro espírito; fala e age por si mesmo, de si mesmo, ainda que o faça de modo diferente do seu normal. E não se trata de fraude(não finge nem quer enganar). A manifestação anímica poderá ser:
1) como a de um espírito em sofrimento.: tendo a mente fixada em situações aflitivas íntimas, desta ou de encarnações passadas (em que ele mesmo se fixou ou entidades adversárias o fixaram), o médium, ao se comunicar animicamente, o fará como um espírito em sofrimento. Devemos atender essa manifestação com a mesma disposição de ajudar e reequilibrar que temos para com os desencarnados sofredores. (Vide Cap. 22 de "Mecanismos da Mediunidade", de André Luiz, psicografado por Francisco C. Xavier).
2) como a de um espírito superior ao médium.: ao se desdobrar, o médium recupera a posse de seus conhecimentos espirituais (que estão esmaecidos pela influência do corpo físico). Neste caso, suas comunicações anímicas demonstrarão as possibilidades maiores de que ele desfruta na condição de espírito livre, falando melhor e sabendo mais do que normalmente. Podemos aproveitar essa produção, se ocorrer; mas o médium deve ser orientado e ajudado para que não se vicie nessa produção anímica, se quiser trabalhar como verdadeiro médium (intermediário de outros espíritos).
3) resultado de uma sugestão ou impressão.: o médium anímico que se sugestione pela idéia de ser intérprete de espíritos elevados, no transe tentará produzir falas grandiloqüentes e atos grandiosos. Se algum assunto o impressionou ou lhe agrada, pode fixar-se neles, em vez de produzir mediunicamente. Esse médium deve ser orientado e corrigido, até conseguir evitar o animismo.
Como reconhecer a produção anímica?.
Na produção anímica:
1) há repetição dos estados e personalidades apresentados pelo médium (o comunicante é sempre o mesmo: o próprio médium);
2) falta "presença" de espíritos junto ao médium (ele age de si mesmo);
Podemos verificar se uma produção é anímica:
1) fazendo análise das comunicações;
2) usando a percepção fluídica;
3) usando a vidência.
O animismo poderá ser:
1) total (quando tudo procede da alma do médium);
2) parcial (quando o médium mistura parte de seus pensamentos e sentimentos com os do espírito comunicante).
Mistificação ­ existem dois tipos: mistificação direta e mistificação indireta.
A mistificação direta ocorre quando o médium, de ma fé, finge, engana, faz de propósito. É uma das condições mais baixas que um médium pode atingir e somente ele responderá pelos males causados. Neste caso o médium não costuma ficar muito tempo no mesmo terreiro, pois as entidades tratam de afastá-lo quando ele não aceita a evangelização. Já se o terreiro não tem seus assentamentos em dia isso pode ocorrer o tempo todo.
A mistificação indireta ocorre quando um espírito se apresenta como alta Entidade dando conselhos errados. Como no caso anterior, isso só não é percebido caso o terreiro não tenha seus assentamentos em dia ou o seu Zelador não se dê ao respeito nas coisas de Deus.
Como buscar a incorporação total
É preciso muito preparo e um bom poder de concentração, respiração adequada, pois a vibração ao penetrar no organismo provoca aceleração do batimento cardíaco, e em alguns casos, hipertensão arterial, causando um choque vibratório que explica o movimento característico das incorporações . Devemos salientar que quanto mais concentrado e doutrinado estiver o médium mais suavemente se dará a incorporação podendo tornar-se quase que imperceptível.
Obs.: Alguns médiuns, mal orientados, debatem-se, pensando que com isso convencem melhor a respeito da veracidade de sua incorporação. Mal sabem que podem estar prejudicando a sua estrutura ortopédica, comprometendo seriamente a sua coluna vertebral. Essas atitudes exageradas é que se transformam em caricaturas da UMBANDA, exibidas em piadas de mal gosto ou usadas para mostrar que é religião de gente louca, ou obsidiada.
No início do desenvolvimento o médium não está preparado para receber toda essa vibração e isso afeta o seu sistema nervoso. Com o tempo ele vai aprendendo a controlar o seu psiquismo e a ter pleno controle de sua incorporação.
O médium deve preencher os seguintes requisitos para conseguir uma incorporação total:
1 ­ domínio do sistema nervoso
2 ­ controle da respiração
3 ­ concentração total
4 ­ possuir magnetismo sonambúlico
5 ­ desenvolver sua vidência e intuição
6 ­ permitir a aproximação das entidades sem medo
7 ­ dedicar-se ao aprendizado teórico e prático com amor
Mediunidade é...
Mediunidade é um mandato de amor...
É um agir desinteressado,
É um constante aprendizado,
É aprender com os mais despertos
E despertar os mais adormecidos.
É querer o bem, e consagrar-se ao bem.
É ser porta aberta para o plano espiritual.
É vigiar e orar sempre esta porta.
É caridade em ação.
É humildade que não humilha, mas edifica.
É uma luz serene que anima a alma da gente.
É ser o evangelho de Jesus
E propagar a boa nova do Cristo.
É ser serenidade e tranqüilidade
No recôndito plácido do espírito.
Mediunidade é um sacerdócio do bem...
É se melhorar acima de tudo,
Mas nunca se esquecer do próximo.
É trabalhar pelo Todo, em detrimento do ego.
É receber em sua casa física, amigos espirituais,
E no coração da alma, as bênçãos do Alto.
É ser remédio para os necessitados,
E curar-se das próprias mazelas internas.
É ter uma boa palavra a ser dada,
Mas acima de tudo, um exemplo vivo a ser vivido.
Mediunidade é uma constante alegria...
É um sorriso bondoso, doado de bom coração.
É uma postura alegre, que te acalma a emoção.
É como uma criança, ingênua e desprotegida
Que deve ser velada, cuidada, querida.
É uma flor tenra e bela, frágil como uma donzela.
É uma infinitude singela...
Mediunidade é trabalho.
Mediunidade é amor.
Mediunidade é carinho.
É saber que nada se ganha com ela,
Mas o espírito se liberta com sua prática.
É saber que nada se pode esperar dela,
Mas sua fé se redobra a cada dia.
É saber que não se é privilegiado por ela,
Mas a realização chega a cada dia que passa.
Mediunidade é isso...
Difícil de explicar com palavras.
Fácil de sentir no coração...
Mediunidade é desinteresse.
Mediunidade é simplicidade.
Mediunidade é fraternidade.
É união de povos e culturas diferentes
Irmanadas na luz do espírito.
É o sorriso bondoso do negro,
Aliado a força do índio.
É a abnegação do cristão,
Com o toque doce da mãe.
É a serenidade do oriental
Misturada a alegria dos nativos.
É filosofia em ação,
De mãos dadas com a ciência.
É o canto da sereia,
Que encanta o versículo do poeta.
É a arte do pintor,
Que dança através do dançarino.
Mediunidade é universal.
Mediunidade é abrangente.
Mediunidade é um presente.
Mediunidade é agradecer a oportunidade da Vida.
É tocar os planos mais altos com a mente.
É um serviço redentor;
É uma expiação alegre;
Um trabalho fervoroso;
Que se paga com gotas de amor.
Mediunidade é o carinho do consolador,
Mas também as palavras do esclarecedor.
É uma arte humanista;
Uma ação altruísta.
É uma benção.
Uma vontade de servir.
Um diamante bruto,
A ser lapidado pela alma.
Mediunidade é Cristo e seu amor.
É Deus em ação e todo seu esplendor.
É um beijo ingênuo na existência...
Um Espírito Amigo – Recebido mediunicamente por Fernando Sepe 8/11/06 3;10 A.M.

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