sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O mel de Oxum pode acabar


Texto retirado do blog do meu amigo e colaborador Norberto Peixoto: http://triangulodafraternidade.blogspot.com/


O mundo sem abelhas?! 
Abelhas do mundo todo estão sumindo, com impactos planetários alarmantes na agricultura.
Será que o excesso de ondas eletromagnéticas - bilhoes de humanos com celulares e milhoes de estações bases retransmissoras de sinais no planeta  - interferem para as abelhas não voltarem para as colméias?
A situação do planeta é muito mais séria do que pensamos. 
Os sinais estão aí...


* * *
Omulu e o mel de Oxum


Há mais de 5.000 anos, encontramos nos mitos Yourubanos muitos dos fundamentos que nos amparam.
Saibamos interpretá-los no campo dos fenômenos da magia dos Orixás dissociados dos míticos personagens humanizados.
Rogamos aos Orixás Omulu e Oxum que as chagas dos nossos duplos etéreos sempre que necessário sejam "ressuscitadas" com a força - axé - Deles, para a nossa plena harmonia e saúde em todos os sentidos.
Atotô meu pai!!!
Ora yê yê ô minha mãe!!!
Orixá da continuidade da existência! Obaluaiê era muito mulherengo e não obedecia a nenhum mandamento que fosse. 

Numa data importante, Orinmilá advertiu-o que se abstivesse de sexo, o que ele não cumpriu. Naquele mesmo dia possuiu uma de suas mulheres. Na manhã seguinte despertou com o corpo coberto de chagas. Suas mulheres pediram a Orunmilá que intercedesse junto a Olodumaré, mas este não perdoou Obaluaiê, que morreu em seguida. Orunmilá usando o mel de Oxum despejou-o por sobre todo o palácio de Olodumaré. 



Este, deliciado, perguntou a Orunmilá quem havia despejado em sua casa tal iguaria.Orunmilá disse-lhe que havia sido uma mulher. Todas as divindades femininas foram chamadas, mas faltava Oxum, que confirmou ao chegar que era seu aquele mel. Olodumaré pediu-lhe mais, que Oxum lhe fez uma proposta.

Oxum daria a ele todo o mel que quisesse, desde que ressuscitasse Obaluaiê. Olodumaré aceitou a condição de Oxum, e Obaluaiê saiu da terra vivo e são.
Chegando de viagem à aldeia onde nasceu, Omulu viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Omulu não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro, Ogum, ao perceber a angústia do orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Omulu entrou, mas ninguém se aproximava dele. 

Iansã tudo acompanhava com o rabo de olho. Ela compreendia a triste situação de Omulu e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê estava animado.Os orixás dançavam alegremente com suas equedes.Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha, levantou-lhe as palhas que cobriam suas pestilência. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Omulu pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Omulu, o deus das doenças, transformara-se num jovem, num jovem belo e encantador. Omulu e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens. 

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