segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Quando eu era criança



Quando eu era criança achava que o tempo menino engatinhava na areia e se lambuzava de açúcar e nunca conseguiria crescer.Pensava que ter a idade da minha tia era ser muito , mas muito velha, eu achava que nunca velha iria ficar!
Hoje depois de todo o processo de crescimento estou com mais tempo de vida que a aquela minha tia e não fiquei velha. Vivi no tempo! Lambuzei no tempo, ri do tempo, chorei no tempo, engravidei no tempo, e o interpretei como um caminho, onde há curvas, espaços, e lá no dia do nosso tempo, o romper o portal.
Com o tempo aprendi a não ter pressa, a encontrar a hora certa ou fugir caso não a queira avistar, aprendi a não temer as expressões da fase, mas deixar a transparência da alma ser mais expressiva que as rugas.
Ser gente, e a curtir cada fase do meu novo dia, não ter curiosidade em um portal, e se abrir para todos os portais terrestres , o canto, a arte das cores, das luzes dos brilhos, das pessoas. Com o tempo aprendi a amar e a entender as formas de amor a mim direcionadas, com o tempo estou aprendendo a valorizar meus segundos, a intensamente amar meus minutos, a se abrir as horas de prazer na minha existência e a vasculhar todos os dias os arquivos mágicos do meu viver. Com o tempo aprendi a não ter tempo para nada fazer e ser somente um vento a bailar na minha própria e querida vida.



Valéria Barbosa

4 comentários:

  1. Lindo encontro entre o ouro e a saúde. Parabéns. por um espaço tão especial

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  2. Obrigada, minha querida, sempre tentando criar espaços para que possamos falar da nossa Umbanda e tb das coisas que vão em nossas almas.

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  3. Vou voltar a escrever neste espaço tão nosso. Beijos

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  4. Vou voltar a escrever neste espaço tão nosso. Beijos

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