domingo, 6 de novembro de 2011

Desobsessão - Parte 8











DESOBSESSÃO FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ

Série André Luiz

61- SAÍDA DOS COMPANHEIROS
A saída dos companheiros realizar-se-á nos moldes da discrição seguidos na entrada.
Evitar-se-ão gritos, gargalhadas, referên­cias maliciosas, anedotário picante.
O serviço da desobsessão reclama a tranqüi­lidade e o respeito que se deve a um sanatório de doenças mentais.
Considerem os companheiros dessa semen­teira de amor que estão sendo, muitas vezes, seguidos e observados por muitos enfermos desen­carnados que lhes ouviram, com interesse, as exortações e os ensinos, no curso da reunião, e será contraproducente, além de indesejável, qualquer atitude ou comentário pelos quais os tare­feiros do socorro espiritual desmanchem, invigilantes, os valores morais que eles próprios cons­truíram na consciência e no ânimo dos Espíritos beneficiados.
62-COMENTÁRIOS DOMÉSTICOS
De volta a casa, convém que os servidores da desobsessão silenciem qualquer nota inconveniente acerca de transmissões, influências, fe­nômenos ou revelações havidas na reunião.
Se os comunicantes se referirem a proble­mas infelizes, como sejam crimes, ofensas, má­goas ou faltas diversas, cabe-nos recordar que a obra da desobsessão, no fundo, é libertação das trevas de espírito e não existe libertação das sombras sem esquecimento do mal.
Conversas acerca de quaisquer maníf esta­ções ou traços deprimentes do amparo espiritual efetuado estabelecem ímãs de atração, criando correntes mentais de ação e reação entre os comentaristas e os que se tornam objeto dos co­mentários em pauta, realidade essa que faz de todo desaconselháveis as referências sobre o mal, de vez que funcionam à maneira de bisturis visíveis, revolvendo inutilmente as chagas men­tais dos enfermos desencarnados que foram aten­didos, arrancando-os do alívio em que estão mer­gulhados, para novas síndromes de angústia.
Isto, porém, não impede que médiuns escla­recedores, médiuns psicofônicos e companheiros outros analisem determinadas passagens da pa­lavra ou da presença das entidades sofredoras, em círculo íntimo, para estudo construtivo, com efeitos na edificação do bem, ao modo de espe­cialistas num simpósio conduzido com discrição.
63- ASSIDUIDADE
Assiduidade é lição que colhemos na escola da Natureza, todos os dias.
Lavradores enriquecem os celeiros da Hu­manidade, confiando na pontualidade das estações.
A desobsessão, para alcançar os objetivos libertadores e reconfortativos a que se propõe, solicita lealdade aos compromissos assumidos.
Aprendamos, durante a semana, a remover os empecilhos que provavelmente nos visitarão no dia e na hora prefixados para o socorro es­piritual aos desencarnados menos felizes.
Observemos a folhinha, estejamos atentos às obrigações que os Benfeitores Espirituais depositam em nossas mãos e nas quais não deve­mos falhar.
Muito natural que a ausência não justifi­cada do companheiro a três reuniões consecuti­vas seja motivo para que se lhe promova a ne­cessária substituição.
64- BENEFÍCIOS DA DESOBSESSÃO
Erraríamos frontalmente se julgássemos que a desobsessão apenas auxilia os desencarnados que ainda pervagam nas sombras da mente.
Semelhantes atividades beneficiam a eles, a nós, bem assim os que nos partilham a experiência quotidiana, seja em casa ou fora do reduto doméstico, e, ajuda, os próprios lugares espaciais em que se desenvolve a nossa influência.
Reuniões dedicadas à desobsessão consti­tuem, bastas vezes, trabalho difícil, pois, em muitas circunstâncias, parece cair em monotonia desagradável, não só pela repetição freqüente de manifestações análogas umas às outras, como também porque a elas comparecem, durante lar­go tempo, entidades cronicificadas em rebeldia e presunção. Isso, porém, não pode e não deve desencorajar os tarefeiros desse gênero de ser­viço, de vez que nenhum pesquisador encarnado na Terra está em condições de avaliar os bene­fícios resultantes da desobsessão quando está sendo corretamente praticada.
Todos possuímos desafetos de existências passadas, e, no estágio de evolução em que ainda respiramos, atraímos a presença de entidades menos evolvidas, que se nos ajustam ao clima do pensamento, prejudicando, não raro, involun­tariamente, as nossas disposições e possibilida­des de aproveitamento da vida e do tempo. A de­sobsessão vige, desse modo, por remédio moral específico, arejando os caminhos mentais em que nos cabe agir, imunizando-nos contra os pe­rigos da alienação e estabelecendo vantagens ocultas em nós, para nós e em torno de nós, numa extensão que, por enquanto, não somos capazes de calcular. Através dela, desaparecem doenças-fantasmas, empeços obscuros, insuces­sos, além de obtermos com o seu apoio espiri­tual mais amplos horizontes ao entendimento da vida e recursos morais inapreciáveis para agir, diante do próximo, com desa pego e compreensão.
65- REUNIÓES DE MÉDIUNS ESCLARECEDORES
Os médiuns esclarecedores não podem alhear-se do imperativo de entendimento recíproco e estudo constante em torno das atividades que lhes dizem respeito.
Para isso, reunir-se-ão, periodicamente, ou quando lhes seja possível, para a troca de impressões, à luz da Doutrina Espírita, analisan­do tópicos do trabalho ou apresentando planos entre si com o objetivo de melhoria e aperfeiçoa­mento do grupo.
Semelhantes reuniões são absolutamente necessárias para que se aparem determinadas arestas da máquina de ação e se ajustem provi­dências a benefício das obras em andamento. Esses ajustes, à maneira de sodalícios doutriná­rios, constituem, ainda, meios de atuação segu­ra e direta dos mentores espirituais do grupo para assumirem medidas ou plasmarem adver­tências, aconselháveis ao equilíbrio e ao rendi­mento do conjunto.
Os médiuns esclarecedores não devem es­quecer que, ao término de cada tarefa de desobsessão, quase sempre ficam indagações e te­mas de serviço que, com tempo e madureza de raciocínio, merecem analisadas, a benefício geral.
66- REUNIÕES DE ESTUDOS MEDIÚNICOS
As reuniões de estudos mediúnicos, de or­dem geral, no grupo, são necessárias.
No curso delas, em dias e horários que não sejam os prefixados para a desobsessão, os esclarecedores e os companheiros ouvirão os me­dianeiros da equipe, registrando-lhes as consul­tas e impressões, a fim de que os problemas sus­citados pelas faculdades e indagações de cada um sejam solucionados à luz dos princípios espí­ritas conjugados ao Evangelho de Jesus.
Aconselha-se-lhes o estudo metódico de «O Livro dos Médiuns», de Allan Kardec, e todas as obras respeitáveis que se relacionem com a mediunidade.
Os benfeitores desencarnados e os Espíritos familiares estudam sempre a fim de se tornarem mais úteis na obra da educação e do consolo jun­to da Humanidade Terrestre.
É imprescindível que os lidadores encarna­dos estudem também.
67- REUNIÕES MEDIÚNICAS ESPECIAIS
Em determinadas circunstâncias, as reuniões mediúnicas podem surgir como sendo necessárias a fins determinados.
Nessa hipótese, realizar-se-ão sem qualquer prejuízo para as reuniões habituais.
Para que isso aconteça, porém, é claramente preciso que o mentor espiritual do agrupamento trace instruções especiais.
Noutros casos, o próprio grupo, através do dirigente, proporá ao mentor espiritual a realização de reuniões dessa natureza para atender a equações de trabalho socorrista, consideradas de caráter urgente.
68- VISITA A ENFERMO
Algumas vezes, a equipe dedicada a desob­sessões é chamada ao contacto com determinado enfermo, retido no próprio lar.
Indiscutivelmente que a visita deve ser feita, havendo possibilidades para isso, aconselhando-se, porém, que o grupo se faça representar por uma comissão de companheiros junto ao doente.
Essa comissão terá o cuidado de recolher o endereço do irmão necessitado, para que o grupo preste a ele a assistência possível.
Na visita a qualquer doente, a equipe deve abster-se da ação mediúnica, diante dele, no que tange à doutrinação e ao socorro aos desencar­nados sofredores, reservando-se semelhante ta­refa para o recinto dedicado a esse mister.
69- VISITA A HOSPITAL
Um grupo dedicado ao trabalho da desobses­são é constantemente requestado à prestação de serviço. Em meio aos pedidos diversos de con­curso e auxílio, aparecem as solicitações de vi­sita a hospitais.
Considerando a hipótese do atendimento, é
importante que o conjunto de serviço se repre­sente por irmãos do círculo habilitados a desincumbir-se da obrigação, de modo construtivo, isto é, mantendo no trato com o enfermo ou com os enfermos atitudes edificantes de reconforto, sem mostras de impressionabilidade doentia e sem manifestações mediúnicas extemporâneas, das quais, em tantos casos, se prevalecem os Espíritos conturbados para agravar sintomas e perturbações nos irmãos alienados ou doentes a que se vinculam em processos obsessivos.
A comissão representativa do agrupamento anotará nomes e endereços dos visitados, para cooperação oportuna, dosando a ministração de conceitos em torno dos temas da obsessão, quando em conversa com os enfermos ainda despro­vidos de conhecimento espírita, a fim de que a orientação curativa se lhes implante na mente, a pouco e pouco, de maneira segura.
É imperioso observar que os médiuns psi­cofônicos auxiliarão com mais eficiência se puderem conhecer, de perto, os enfermos que lhes solicitam socorro, e os médiuns esclarecedores muito aproveitarão no trato com os estabeleci­mentos de cura mental, aprendendo a técnica de conversar com os Espíritos perturbados, no exemplo e na experiência dos enfermeiros dig­nos, junto aos doentes complexos. Urge também que o comando socorrista observe as normas vi­gentes na organização hospitalar visitada, com­portando-se de tal modo que não lhe fira os prin­cípios.
70- CULTO DO EVANGELHO NO LAR
Todo integrante de uma equipe de desobses­são precisa compreender a necessidade do culto do Evangelho no lar.
Pelo menos, semanalmente, é aconselhável se reúna com os familiares ou com alguns parentes, capazes de entender a importância da iniciativa, em torno dos estudos da Doutrina Espírita, à luz do Evangelho do Cristo e sob a co­bertura moral da oração.
Além dos companheiros desencarnados que estacionam no lar ou nas adjacências dele, há outros irmãos já desenfaixados da veste física, principalmente os que remanescem das tarefas de enfermagem espiritual no grupo, que reco­lhem amparo e ensinamento, consolação e alívio, da conversação espírita e da prece em casa.
O culto do Evangelho no abrigo doméstico equivale a lâmpada acesa para todos os imperativos do apoio e do esclarecimento espiritual.

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