domingo, 6 de novembro de 2011

Desobsessão - Parte 7









DESOBSESSÃO
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
Série André Luiz


51- RADIAÇÕES
Rogando aos companheiros reunidos vibra­ções de amor e tranqüilidade para os que so­frem, o diretor do grupo, terminadas as tarefas da desobsessão propriamente ditas, suspenderá a palavra, pelo tempo aproximado de dois a qua­tro minutos, a fim de que ele mesmo e os inte­grantes do círculo formem correntes mentais com as melhores idéias que sejam capazes de ar­ticular, seja pela prece silenciosa, seja pela ima­ginação edificante.
Todo pensamento é onda de força criativa e os pensamentos de paz e fraternidade, emiti­dos pelo grupo, constituirão adequado clima de radiações benfazejas, facultando aos amigos es­pirituais presentes os recursos precisos à for­mação de socorros diversos, em benefício dos companheiros que integram o círculo, dos desen­carnados atendidos e de irmãos outros, necessi­tados de amparo espiritual a distância.
Um dos componentes da equipe, nomeado pelo diretor do conjunto, pode articular uma prece em voz alta, lembrando, na oração, os enfer­mos espirituais que se comunicaram, os desen­carnados que participaram silenciosamente da reunião, os doentes dos hospitais e os irmãos carecentes de socorro e de alívio, internados em casas assistenciais e instituições congêneres.
52- PASSES
Os médiuns passistas, logo que o conjunto entre no silêncio necessário às radiações, segundo as instruções traçadas pelo dirigente, se des­locarão dos lugares que lhes sejam habituais e, conquanto se mantenham no trabalho íntimo das ideações construtivas, para auxiliarem no apoio vibratório aos sofredores, atenderão aos passes, ministrando-os a todos os componentes do grupo, sejam médiuns ou não.
Semelhante prática deve ser observada re­gularmente, de vez que o serviço de desobsessão pede energias de todos os presentes e os instru­tores espirituais estão prontos a repor os dis­pêndios de força havidos, através dos instrumen­tos do auxílio magnético que se dispõem a ser­vi-los, sem ruídos desnecessários, de modo a não quebrarem a paz e a respeitabilidade do recinto.
Fora dos momentos normais, os médiuns passistas atenderão aos companheiros necessitados de auxílio tão-só nos casos de exceção, respeitando com austeridade disposições estabe­lecidas, de modo a não favorecerem caprichos e indisciplinas.
53- IMPREVISTOS
O grupo deve contar com imprevistos.
Existem aqueles de natureza externa a que não se pode dar atenção, quais sejam chamamentos inoportunos de pessoas incapacitadas ainda para compreender a gravidade do trabalho socorrista que a desobsessão desenvolve, ba­tidas à porta já cerrada, por irmãos do círculo, iniciantes e retardatários, ainda não afeitos àdisciplina, ruídos festivos da vizinhança e barulhos outros, produzidos vulgarmente por insetos, animais, viaturas, etc.
Há, porém, os embaraços no campo interno
da reunião, dentre os quais se destacam a luz apagada de chofre ou o mal-estar súbito de al­guém.
Nesses casos, o dirigente da casa tomará providências imediatas para que os problemas em curso se façam compreensivelmente aten­didos.
54- MANIFESTAÇÃO FINAL DO MENTOR
Aproximando-se o horário de encerramento, o dirigente da reunião, depois de verificar que todos os assuntos estão em ordem, tomará a pa­lavra, explicando que as atividades se acham na fase terminal, solicitando aos presentes pensa­mentos de paz e reconforto, notadamente a benefício dos sofredores.
Em seguida, recomendará aos médiuns pas­sistas atenderem ao encargo que lhes compete e solicitará da assembléia a continuidade da atenção e do silêncio, para que o médium indica­do observe se o orientador espiritual da reunião ou algum outro instrutor desencarnado deseja transmitir aviso ou anotação edificante para es­tudo e meditação do agrupamento. Se a casa dispõe de aparelho gravador, é importante que a máquina esteja convenientemente preparada e em condições de fixar a palavra provável do co­municante amigo.
Na hipótese de verificar que o orientador desencarnado não deseja trazer nenhum aviso ou instrução, o médium indicado dará ciência disso ao dirigente, a fim de que ele profira a prece final e, em seguida, declare encerrada a reunião.
55- GRAVAÇÃO DA MENSAGEM
O diretor da reunião, se existe no grupo a possibilidade de gravação da mensagem final, que possa servir na edificação comum, não se alheará do trabalho dessa natureza, conquanto designe esse ou aquele companheiro para au­xiliá-lo.
Responsabilizar-se-á diretamente pelo ma­terial de que os benfeitores espirituais se uti­lizarão, fazendo-se zelador atencioso do aparelho gravador e dos respectivos implementos, compreendendo que os serviços programados para cada reunião devem ser executados sem atrope­los ou omissões.
O grupo ouvirá atenciosamente a palavra do comunicante amigo, seja ele o orientador da casa ou algum benfeitor recomendado por ele.
Freqüentemente, o visitante encaminhado à reunião pelo mentor pode não ser um luminar da Espiritualidade Maior, e sim um companheiro recém-convertido à Verdade, disposto a relatar as próprias experiências, quase sempre esmal­tadas de lembranças dolorosas, ocorrência essa que se verifica objetivando-se o conforto ou a edificação.
De qualquer modo, a palavra do visitante espiritual, pelo médium, deve ser ouvida com o respeito máximo, procurando-se nela, acima de qualquer preceito gramatical, o sentido, a lógi­ca, a significação e a diretriz.
56- PRECE FINAL
A oração final, proferida pelo dirigente da reunião, obedecerá à concisão e à simplicidade.
57- ENCERRAMENTO
Terminada a prece final, o diretor, com uma frase breve, dará a reunião por encerrada e fará no recinto a luz plena.
Vale esclarecer que a reunião pode termi­nar, antes do prazo de duas horas, a contar da prece inicial, evitando-se exceder esse limite de tempo.
58- CONVERSAÇÃO POSTERIOR Á REUNIÃO
Claro que terminada a reunião se sintam os integrantes da equipe inclinados a entrelaçar pensamentos e palavras na conversação cons­trutiva, porqüanto, se a alegria da obrigação cumprida não lhes marca o íntimo, algo existe na equipe a ser necessariamente retificado.
Euforia de confraternização, reconforto do dever nobremente atendido.
Não raro, surge a oportunidade da prosa afetiva em torno de um café ou enquanto se es­pera condução.
Falemos, cultivando bondade e otimismo.
Importante que a palestra não descambe para qualquer expressão negativa.
Se um dos desencarnados sofredores emitiu conceitos menos felizes, ou se um dos médiuns em ação não conseguiu desincumbir-se corretamente das atribuições que lhe foram conferidas em serviço, evitem-se com empenho reprovações, criticas, motejos, sarcasmos.
Compreendamos que uma equipe para a de­sobsessão se desenvolve e se aperfeiçoa com ser­viço e tempo, como qualquer outra empresa pro­dutiva, e algum comentário desairoso, destacan­do deficiências e males, constitui prejuízo na obra do progresso e na consolidação do bem.
59- REOUVINDO A MENSAGEM
Ainda no recinto ou nos dias subseqüentes, é aconselhável que os lidadores da desobsessão, quando seja necessário, reouçam a mensagem educativa, obtida na fase terminal das tarefas, caso haja sido gravada. Procurar — repita­mos — nas frases do comunicante a essência e a orientação. Por outro lado, abster-se do impul­so da divulgação, sem estudo.
Cabe refletir que as primeiras instruções para a criatura reencarnada se verificam no pla­no doméstico. A criatura humana recebe dos pais e dos instrutores do lar conselhos e indicações inesquecíveis, mas, por isso, nem todos podem ser ençaminhados às tipografias para o trabalho publicitário. Ninguém se lembrará de enviar uma advertência maternal qualquer para a imprensa, conquanto um aviso de mãe seja sempre uma peça preciosa para os filhos a que se destine.
O dirigente, na hipótese da recepção de men­sagens destinadas à propagação, precisará joeirá-las em rigorosa triagem, solicitando, para esse fim, o concurso de companheiros habituados às lides culturais e doutrinârias, com autoridade bastante para emitir opiniões, verificando, igualmente, se as instruções obtidas não coincidem, na forma literal, com essa ou aquela página espírita, mediúnica ou não, já consagrada na lei­tura comum, embora o fundo moral seja res­peitável.
60- ESTUDO CONSTRUTIVO DAS PASSIVIDADES
Ë interessante que dirigente, assessores, mé­diuns psicofônicos e integrantes da equipe, fin­da a reunião, analisem, sempre que possivel, as comunicações havidas, indicando-se para exame proveitoso os pontos vulneráveis dessa ou da­quela transmissão.
As observações fraternas e desapaixonadas, nesse sentido, alertarão os companheiros da me­diunidade quanto a senões que precisem evitar e recordarão aos encarregados do esclarecimento pequenas inconveniências de atitude ou pala­vra nas quais não devem reincidir.
De semelhante providência, efetuada com o apreço recíproco que necessitamos sustentar uns para com os outros, resultará que todos os com­ponentes da reunião se investirão, por si mes­mos, na responsabilidade que nos cabe manter no estudo constante para a eficiência do grupo.
Se os médiuns esclarecedores julgam conve­niente a atenção desse ou daquele médium psicofônico em determinado tema de serviço espi­ritual, chamá-lo-ão a entendimento particular, evitando-se a formação de suscetibilidades, sa­lientando-se que os próprios médiuns psicofôni­cos, se libertos de teias obsessivas, são os pri­meiros a se regozijarem com o exame sincero do esforço que apresentam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário