domingo, 6 de novembro de 2011

Desobsessão - Parte 6







DESOBSESSÃO
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
Série André Luiz

40-MANIFESTAÇÕES SIMULTÂNEAS (2)
Só se devem permitir, a cada médium, duas passividades por reunião, eliminando com isso maiores dispêndios de energia e manifestações sucessivas ou encadeadas, inconvenientes sob vários aspectos.
Em todas as circunstâncias, o médium a serviço da desobsessão não se pode alhear da equipe em que funciona, conservando a convic­ção de que dentro dela assemelha-se a um órgão no corpo, e que precisa estar no lugar que lhe é próprio para que haja equilíbrio e produção no conjunto.
41-INTERFERÊNCIA DO BENFEITOR

Em algumas ocasiões, tarefa em meio, apa­rece um ou outro desencarnado em condições de quase absoluto empedernimento.
Tal desequilíbrio da entidade pode coincidir com algum momento infeliz da mente mediúnica, estabelecendo desarmonia maior.
O fenômeno é suscetivell de raiar na incon­veniência. Assim sendo, o mentor espiritual, se considerar oportuno, ocupará espontaneamente o médium responsável e partilhará o serviço do esclarecimento, dirigindo-se ao comunicante ou ao médium que o expõe, ficando, por outro lado, o dirigente com a possibilidade de recorrer à in­tervenção do orientador referido, se julgar ne­cessário, rogando-lhe a manifestação pelo psi­cofônico indicado, a fim de sanar o contratempo.
42-ATITUDE DOS MÉDIUNS (1)
O médium de incorporação, como também o médium esclarecedor, não podem esquecer, em circunstância alguma, que a entidade perturba­da se encontra, para eles, na situação de um doente ante o enfermeiro.
No socorro espiritual, os benfeitores e ami­gos das Esferas Superiores, tanto quanto os companheiros encarnados, quais o diretor da reunião e seus assessores que manejam o ver­bo educativo, funcionam lembrando autoridades competentes no trabalho curativo, mas o médium é o enfermeiro convocado a controlar o doente, quanto lhe seja possível, impedindo a este último manifestações tumultuárias e palavras obscenas.
O médium psicofônico deve preparar-se dig­namente para a função que exerce, reconhecendo que, não se acha dentro dela à maneira de fan­toche, manobrado integralmente ao sabor das Inteligências desencarnadas, mas sim na posi­ção de intérprete e enfermeiro, capaz de auxi­liar, até certo ponto, na contenção e na reeduca­ção dos Espíritos rebeldes que recalcitram no mal, a fim de que o dirigente se sinta fortaleci­do em sua ação edificante e para que a equipe demonstre o máximo de rendimento no traba­lho assistencial.
43-ATITUDE DOS MÉDIUNS (2)
Ainda mesmo quando o médium é absoluta­mente sonâmbulo, incapaz de guardar lembran­ças posteriores ao socorro efetuado, semidesli­gado de seus implementos físicos dispõe de recur­sos para governar os sentidos corpóreos de que o Espírito comunicante se utiliza, capacitando­-se, por isso, com o auxílio dos instrutores es­pirituais, a controlar devidamente as manifesta­ções.
Não se diga que isso é impossível. Desobses­são é obra de reequilíbrio, refazimento, nunca de agitação e teatralidade.
Nesse sentido, vale recordar que há médium de incorporação normal e médium de incorpora­ção ainda obsidiado. E sempre que o médium, dessa ou daquela espécie, se mostre obsidiado, necessita de socorro espiritual, através de esclarecimento, emparelhando-se com as entidades perturbadas carecentes de auxílio.
Realmente, em casos determinados, o me­dianeiro da psicofonia não pode governar todos os impulsos destrambelhados da Inteligência de­sencarnada que se comunica na reunião, como nem sempre o enfermeiro logra impedir todas as extravagâncias da pessoa acamada; contu­do, mesmo nessas ocasiões especiais, o médium integrado em suas responsabilidades dispõe de recursos para cooperar no socorro espiritual em andamento, reduzindo as inconveniências ao mí­nimo.
44- MAL-ESTAR IMPREVISTO DO MÉDIUM
Todo serviço na Terra prevê a possibilidade de falhas compreensíveis.
O automóvel, comumente, sofre perturba­ções em determinados implementos, a meio da viagem.
Um tear interrompe a tecelagem pela exaus­tão de uma peça.
Na desobsessão, o mal-estar é suscetível de sobrevir num médium ou num dos colaborado­res em ação, principalmente no que tange a uma crise orgânica francamente imprevista.
Verificado o incidente, o companheiro ou a irmã necessitada de assistência permanecerá fora do círculo em atividade, recolhendo o ampa­ro espiritual do ambiente, quando o mal-estar não seja de molde a se lhe aconselhar o recolhi­mento imediato em casa.
45- EDUCAÇÃO MEDIÚNICA (1)
Evite o médium as posições de desmazelo na acomodação entre os companheiros, quando se ache sob a influência ou presença dos desencar­nados em desequilíbrio, e controle as expressões verbais, empenhando-se em cooperar na adminis­tração do benefício aos Espíritos sofredores, frustrando a produção de gritos e a enunciação de palavras torpes.
Não olvidem os medianeiros que o recinto empregado nos serviços da desobsessão é com­parável à intimidade respeitável de um hospital.
46- EDUCAÇÃO MEDIÚNICA (2)
Os medianeiros psicofônicos nunca admi­tam tanto descontrole que cheguem ao ponto de derribar móveis ou quaisquer objetos, tumul­tuando o ambiente.
Lembrem-se de que não se encontram à re­velia das manifestações menos felizes que ve­nham a ocorrer.
Benfeitores desencarnados estão a postos, na reunião, sustentando a harmonia da casa, e resguardarão as forças de todos os médiuns em serviço para que se desincumbam com limpeza e dignidade das obrigações que lhes assistem.
47- EDUCAÇÃO MEDIÚNICA (3)
Atitude positivamente desaconselhável é a de permitir que comunicantes enfermos ensaiem qualquer impulso de agressão.
48- EDUCAÇÃO MEDIÚNICA (4)
Dever inadiável impedir que os manifestan­tes doentes subvertam a ordem com pancadas e ruídos que os médiuns psicofônicos conseguem facilmente frustrar.
49- EDUCAÇÃO MEDIÚNICA (5)
Os médiuns psicofônicos evitem a. todo custo, em qualquer período da reunião, vergar a cabeça sobre os braços.
Essa atitude favorece o sono, desarticula a cooperação mental e propicia ensejo a fácil hipnose por parte de enfermos desencarnados.
50- INTERFERÊNCIA DE ENFERMO ESPIRITUAL
No curso da manifestação de determinado Espírito menos feliz, é possível a interferên­cia de outra entidade desditosa ou perturbada que compareça, arrebatadamente, por intermé­dio desse ou daquele médium psicofônico ainda fracamente habilitado ao controle de si próprio.
Em alguns lances da desobsessão, o Espí­rito que interfere chega mesmo a provocar elementos outros do conjunto, citando-os de forma nominal para que se estabeleçam conversações marginais sem nenhum interesse para o escla­recimento.
O dirigente tomará providências imediatas para que se evite desarmonia ou tumulto, designando sem delonga o assessor que se incumbirá da necessária solução ao problema, a fim de que a interferência não degenere em perturbação, comprometendo a ordem e a segurança do esforço geral.

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