sábado, 5 de novembro de 2011

Miçanga ou “Conta Natural”?







Bom, resolvi escrever acerca deste assunto, pois existe um certo debate em certas correntes da Umbanda quanto a validade, ou, força da guia feita por miçanga, alguns alegam, que não tem tanta energia, apenas isola, pois a miçanga não vem diretamente da natureza e somente contas oriundas da natureza, como exemplo, olho de cabra, olho de boi, rosário de nossa senhora, etc tem vibração. 
Porém, seria um equívoco ignorar o ritual e a magia que circundam uma guia feita de miçanga. Que o material não seja oriundo da natureza, isso é fato, porém, há algo que tem uma grande vibração e energia, as cores. As cores emitem vibrações, existe o estudo das cores, a Cromoterapia, sendo que os estudiosos entendem que cada cor possui uma vibração específica bem como uma capacidade terapêutica. Assim, apesar da miçanga não ser retirada diretamente da natureza, as cores possuem vibrações, e conforme a confecção da guia, saberá qual a vibração propiciada pela guia. Como exemplo, uma guia preta e branca, pelo estudo da cromoterapia o branco é a soma de todas as cores, e expeli energias positivas e o cor preta e a ausência de cor, atrativa, atraí energias negativas, assim, uma cor atrai as energias negativas e a outra libera energia positiva, tal guia na Umbanda é consagrada a linha dos pretos-velhos, ou mesmo, Exu da linha das almas, dependendo como se faz e para quem se faz.
Não obstante a isso, também envolve o estudo da numerologia, outro mister que envolve a confecção da guia, a numerologia está constantemente presente na Umbanda, 7 linhas da Umbanda, a trindade positiva e negativa, as 4 forças da natureza, o número 9 é considerado o número de Cristo, as 13 almas benditas (12 apóstolos e Cristo), etc... Assim vislumbra-se que a confecção de uma guia envolve energias e fundamentos, que podem transmitir vibrações e envolver as linhas da Umbanda.
As contas retiradas diretamente da natureza, olho de cabra, coquinho, búzio, e até semente de açaí, traz consigo a energia da natureza, da terra, do mar, do vegetal, e também traz consigo as cores que lhe envolve. È forte e tem fundamento, muito usado na nossa Umbanda e também para ser confeccionada, tem que ter fundamento, preparação e feita ao Orixá ou Exu correspondente, emanando energia para quem a usa.
Assim concluímos, que ambas as guias, as contas, tem força, vibração e fundamento, tudo dependerá o modo do preparo, a quem se prepara e para quem é preparado. Na Umbanda temos as guias de 7 linhas (ou 7 fios), também conhecida como Imperial, que médiuns com experiência e conhecimento podem usar e podendo ter mesclas de cores. Para os iniciantes sempre teremos branco nas guias, dos Orixás, pois sempre emitira energia positiva, porém, pode-se, posteriormente fazer com outras cores e uma cor só, tudo dependerá do grau de evolução do médium. Ambos os casos deve se ater à evolução do médium, pois uma guia carrega muita vibração e caso o médium não esteja preparado para usa-la, poderá ter um resultado oposto ao que se espera, ela fica carregada, negativa e não é algo bom para o médium, caso não saiba lhe dar com tal situação. Estudem as cores, os Orixás respectivos de cada cor e os números que a envolvem, é aconselhável que o médium, ou o zelador de santo, prepare a guia, se atentando o que fora citado acima. Salientando também que a miçanga é feita artificialmente, industrializada, porém o material que se usa para sua confecção, também é oriundo da natureza, assim como tudo que conhecemos, vem da natureza.


Willian M. Jorge 

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