segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ago





Agô é palavra de origem iorubana que significa tanto pedido de perdão como pedido de licença. Corresponde
 
mais ou menos ao nosso desculpe (pedido de perdão: Desculpe-me por algo; pedido de licença: Desculpe,
 
posso lhe falar um pouquinho?).
 
Aqui, AGO aparece como a sigla de três posturas esperadas numa Casa de Santo: Amor, Gratidão e Orgulho.
 
Vejamos:
 
AMOR – Onde existe amor (aos Orixás, aos dirigentes, aos filhos, aos irmãos), não viceja o medo, a angústia,
 
o temor. A compaixão, outro sinônimo de amor, leva à compreensão, à empatia, à humildade, e não à
 
humilhação.
 
GRATIDÃO – A gratidão nos conecta diretamente com a verdade interior. Todas as experiências são preciosas.
 
“Quando perder tudo, não perca a lição.”, sugere o Dalai Lama. Mesmo as vivências extremamente difíceis nos
 
ensinam muito. Compreender isso não representa masoquismo, e sim gratidão.
 
ORGULHO – A vaidade nos enfraquece, nos faz vivenciar um falso eu (Sou o mais dedicado da casa; as contas
 
das minhas guias são as mais bonitas do terreiro; ninguém canta como eu; os outros não sabem tanto de
 
doutrina como eu  etc.). Já o orgulho, quando não sintonizado com a vaidade, é sinônimo de coragem e
 
determinação (Carrego meus Orixás no peito; vivencio minha religião com a cabeça erguida, aceitando a todos
 
e sem humilhar os que tentam me humilhar etc.).
 
Portanto, quando pedir agô (como perdão, licença ou ambos), experimente também vivenciar e oferecer AGO.
 
Deixa a gira girar!

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