Agô é palavra de origem iorubana que significa tanto pedido de perdão como pedido de licença. Corresponde
mais ou menos ao nosso desculpe (pedido de perdão: Desculpe-me por algo; pedido de licença: Desculpe,
posso lhe falar um pouquinho?).
Aqui, AGO aparece como a sigla de três posturas esperadas numa Casa de Santo: Amor, Gratidão e Orgulho.
Vejamos:
AMOR – Onde existe amor (aos Orixás, aos dirigentes, aos filhos, aos irmãos), não viceja o medo, a angústia,
o temor. A compaixão, outro sinônimo de amor, leva à compreensão, à empatia, à humildade, e não à
humilhação.
GRATIDÃO – A gratidão nos conecta diretamente com a verdade interior. Todas as experiências são preciosas.
“Quando perder tudo, não perca a lição.”, sugere o Dalai Lama. Mesmo as vivências extremamente difíceis nos
ensinam muito. Compreender isso não representa masoquismo, e sim gratidão.
ORGULHO – A vaidade nos enfraquece, nos faz vivenciar um falso eu (Sou o mais dedicado da casa; as contas
das minhas guias são as mais bonitas do terreiro; ninguém canta como eu; os outros não sabem tanto de
doutrina como eu etc.). Já o orgulho, quando não sintonizado com a vaidade, é sinônimo de coragem e
determinação (Carrego meus Orixás no peito; vivencio minha religião com a cabeça erguida, aceitando a todos
e sem humilhar os que tentam me humilhar etc.).
Portanto, quando pedir agô (como perdão, licença ou ambos), experimente também vivenciar e oferecer AGO.
Deixa a gira girar!
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