quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Aviso aos nossos leitores e ouvintes



O portal Mundo Aruanda e a Rádio Ao Som dos Orixás, foi criado em junho/09 com a intenção de oferecer um site de pesquisa, estudo e troca de experiências entre as pessoas da religião Umbandista ou de qualquer outra religião, tratando a todos com muito respeito e amizade. Ao longo desse tempo, fizemos muitos amigos e conquistamos um público e colaboradores do mundo inteiro.
Atualmente,  o site está fora do ar, mas isso tem um bom motivo; estamos remodelando o site,que em janeiro voltará ao ar como www.mundoaruanda.net com muitas novidades e músicas para todos os nossos ouvintes...

Em nosso portal você encontrará: artigos, notícias, vídeos, chat (tirando dúvidas, além de bater um papo agradável). Continuaremos com a colaboração de nossos colunistas, postando e tirando dúvidas.
E música. Sim, música! A nossa rádio "Ao Som dos Orixás", muitas novidades em breve pra vocês, que já formam conosco uma família.
Queremos deixar o site mais interativo. Se vocês tiverem algum pedido de uma matéria específica, perguntas então deixem seus comentários em nosso email:

mundoaruanda@gmail.com

Esperamos que assim, vocês, queridos leitores, se sintam parte do site, que é feito com muito carinho tendo sempre VOCÊ em mente.

O Mundo Aruanda e a Rádio Ao Som dos Orixás,  querem dedicar a vocês, nossos leitores e ouvintes, pelo muito que vocês têm representado para nós, os melhores votos de um Natal cheio de paz, que nós possamos continuar na emoção de levar emoção, de desejar felicidades, de reconciliar sentimentos, de encurtar distâncias através das palavras que juntas formam mensagens que agora dedicamos a você. 
Desejamos que neste Natal, a luz que guia o mundo possa também clarear os seus sonhos,
feliz Natal, que os Orixás acampem ao seu redor para sempre te proteger, amparar nessa longa caminhada da vida, para que o caminho seja repleto de flores e frutos. 

Estamos felizes com o nosso trabalho, pois a cada dia fazemos novos amigos; a cada dia aparecem mais pessoas encantadoras como vocês.Interessadas em compartilhar conosco, amizade e conhecimento.

Feliz Natal é o que nós do Mundo Aruanda e da Rádio Ao Som dos Orixás, desejamos a vocês!

Karina Andrade e Mara Tozatto Morelli.

Mundo Aruanda e rádio Ao Som dos Orixás, a minha a sua a nossa rádio de Umbanda

Curta-metragem sobre Oxum


No mês de janeiro, na região de Piracicaba – SP, acontecem as gravações do curta “Águas da Oxum”, uma realização da Adjá Produções, com concepção de Dermes (Ademir Barbosa Júnior/Tata Obasiré), que divide o roteiro com Kit Menezes, a qual também dirige o vídeo.
No elenco estão Mileni Souza, Nanda Sevulski, Priscilla Ballistiero, Mayara Ruiz e Dermes. A estreia do curta está prevista para 16 de março, às 20h, no auditório da Biblioteca Municipal de Piracicaba.
“Águas da Oxum” baseia-se num itã (relato mitológico) que ressalta a importância do feminino e o reconhecimento disso pelo masculino. Oxum, Orixá do Amor e das águas, com ternura, sabedoria e determinação, demonstra a Oxalá e aos homens em geral o valor do sangue no universo da feminilidade e, portanto, da própria vida (menstruação, concepção, parto etc.).
Nas palavras de Dermes, autor de diversos livros, dentre eles “Curso Essencial de Umbanda” e “O Essencial do Candomblé”, “’Águas da Oxum’ é um projeto concebido com amor, devoção e dedicação, portanto protegido contra inveja, ciúme e mau olhado”.
Uma versão de “Águas da Oxum” para Teatro deve estrear no segundo semestre de 2012.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mensagem de final de Ano para todos


Que a irreverência e o desprendimento de Exú nos animem a não encarar as coisas da forma como elas parecem à primeira vista e sim que nós aprendemos que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso! Laro yê exu!
Que a tenacidade de Ogum nos inspire a viver com determinação, sem que nos intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança desobstruam nosso caminho e seu escudo nos defenda. Ogum yê meu pai!
Que o labor de Oxóssi nos estimule a conquistar sucesso e fartura à custa de nosso próprio esforço. Que suas flechas caiam à nossa frente, às nossas costas, à nossa direita e à nossa esquerda, cercando-nos para que nenhum mal nos atinja. Okê arô ode!
Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que restaure nossas energias, mantendo nossa mente sã e corpo são. Ewe ossanhe.
Que Oxum nos dêem a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que nós possamos lutar por um objetivo sem arrependimentos. Ora yeyêo Oxum!
Que o arco-íris de Oxumaré transporte para o infinito nossas orações, sonhos e anseios, e que nos traga as respostas divinas, de acordo com nossos merecimento. Arrobobo Oxumaré!
Que os raios de Iansã alumiem nosso caminho e o turbilhão de seus ventos leve para longe aqueles que de nós se aproximam com o intuito de se aproveitarem de nossos fraquezas. Êpa hey oyá!
Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da lei divina em nosso coração. Seu machado pese sobre nossas cabeças agindo na consciência e sua balança nos incuta o bom senso. Caô! Caô cabecilê!
Que as ondas de Iemanjá nos descarreguem, levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-nos a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que nos causa dor e que seu seio materno nos acolha e nos console. Odoyá Iemanjá!
Que as cabaças de Obaluaiê tragam não só a cura de nossas mazelas corporais, como também ajudem nosso espírito a se despojar das vicissitudes. Atotô Obaluaiê!
Que a sabedoria de Nanã nos dêem uma outra perspectiva de vida, mostrando que cada nova existência que temos, seja aqui na terra ou em outros mundos, gera a bagagem que nos dá meios para atingir a evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os insensatos. Saluba Nanã!
Que a vitalidade dos Ibeijis nos estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado; que nós não percamos a pureza mesmo que, ao nosso redor, a tentação nos envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim refinamento moral! Oni di beijada!
Que a paz de Oxalá renove nossas esperanças de que, depois de erros e acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegaremos ao nosso objetivo mais nobre; aos pés de Zambi maior! Êpa babá Oxalá!
Que assim seja! Porque assim será! Porque assim o é!
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Que todos os Orixás estejam sempre à frente, abrindo teus caminhos!
-que ogum com sua espada lhe ajude em todas as batalhas!
-que iansã te de clareza para separar o joio do trigo!
-que xangô lhe proteje das injustiças do mundo!
-que odé/otim lhe deem conhecimentos e farturas!
-que obá lhe proteje dos corte e das demandas!
-que ossain lhe traga a magia das ervas e o seu conhecimento!
-que xapanã te de sempre muita saúde!
-que os ibejis te proporcione alegrias inocentes e pureza!
-que a minha grande mãe oxum te cubra com o seu manto de amor e riquezas!
-que a a grande mãe iemanja leve com sua ondas todas as tristezas e angustias!
-que o grande pai oxalá te abençoe e lhe cubra de paz!
(Prece enviada por Drosasalmeida)

O Espiritismo e o Espiritualismo



Muito interessante esta comunicação, nela Allan kardec explica o porquê de espíritos nos USA não falarem da Reencarnação.


FEB Novembro 1969 Página 460
(Paris, 4 de outubro de 1869, em casa de Miss Anna Blackwell)¹
 
          Estou mais feliz do que podeis imaginar, meus bons amigos, por vos encontrar reunidos. Estou entre vós, numa atmosfera simpática e benevolente, que satisfaz ao mesmo tempo ao meu espírito e ao meu coração.
          Há muito tempo que eu desejava ardentemente o estabelecimento de relações regulares entre a escola francesa e a escola americana. Para nos entendermos, meu Deus, bastaria simplesmente nos vermos e trocar opiniões. Sempre considerei o vosso salão, cara senhorita, como uma ponte lançada entre a Europa e a América, entre a França e a Inglaterra, e que contribui poderosamente para suprimir as divergências que nos separam, e estabelecer, numa palavra, uma corrente de idéias comuns, da qual surgiriam, no futuro, a fusão e a unidade.
          Caro Sr. Peebles, permiti-me cumprimentar-vos pelo vosso vivo desejo de entrar em relação conosco. Não devemos lembrar se somos espíritas ou espiritualistas. Seremos uns pelos outros, homens e Espíritos que buscam conscienciosamente a verdade e que a acolherão com reconhecimento, quer resulte dos estudos franceses ou dos estudos americanos.

sábado, 17 de dezembro de 2011

A História do Natal



Origem do Natal e o significado da comemoração
O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.

Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.

A Árvore de Natal e o Presépio

Feliz Natal

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Kilombos: um filme-resgate sobre o Brasil quilombola



Vitalina de Andrade Quilombo de Monte Alegre, Maranhão

Texto enviado por meus colaboradores do blog:  http://raizafricana.wordpress.com

Filmado no Brasil, Guiné-Bissau e Cabo Verde, o documentário “Kilombos”, realizado por Paulo Nuno Vicente, transporta-nos pela memória oral das raízes africanas das comunidades quilombolas, cruzando-as com o território das suas manifestações culturais contemporâneas. A estreia do filme está agendada para 7 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

http://www.buala.org/sites/default/files/imagecache/full/2011/11/vitalina.jpg

Vitalina de Andrade Quilombo de Monte Alegre, Maranhão

- Aqui era um mato. Tinha um senhor no tempo da escravidão. Eram dois irmãos. Lá se desuniram. Ele meteu 
a cabeça no mato e veio andando, andando, andando, no meio desse mato. E achou que aqui era bom: tinha água, tinha tudo e era um matão.

Ele fez moradia aqui e aí ele botou o nome daqui: Monte Alegre. Se chamava Vestiniano Parga. Era dele. Aí 
quando acaba a escravidão, ele quer ir embora, chama os pretos para comprar. Ele ia vender para eles. Os pretos reuniram e foram comprar. Esses pretos velhos daqui: meus avôs, avôs de nós. Avôs, bisavôs foram comprar [a terra].

Menino, eu me esqueci foi do preço da terra! Até isso eles me disseram. Aí foram pagar a terra, o povão aqui. E 
aí, passado uns tempos, pretos foram buscar os papéis da terra.

Leão foi quem trouxe o papel da terra. A gente nesse tempo não tinha desconfiança uns com os outros, não.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Firmeza de um Terreiro





Muito se tem ouvido falar nos meios umbandistas com relação às firmezas necessárias para um bom andamento dos trabalhos num terreiro de Umbanda.

Logicamente que toda parte ritualística de uma Casa tem razão e função de ser, uma vez que a própria Umbanda tem fundamentos e é preciso preparar os mesmos como é falado em uma curimba de defumação.

Porém, além das firmezas materiais que estão ligadas aos elementos de trabalho dos Orixás, Guias e Entidades e que são catalisadoras das energias necessárias para esses trabalhos, ora servindo como força agregadora de energias positivas, ora desagregando as negativas, há outra firmeza de fundamental importância.

E qual seria essa firmeza?

A firmeza que me refiro meus filhos é a firmeza interior de cada médium de Umbanda.

Mas como se dá essa firmeza?

Se dá através da humildade, do exercício do amor ao próximo e da caridade prestada sem pedir ou esperar nada em troca.

A firmeza interior trabalhada na humildade permite ao médium o esclarecimento de que ele não sabe tudo, que sempre estará em aprendizado pois a Espiritualidade por mais que ensine ainda não deu a palavra final. Dessa forma o médium sempre estará acrescentando ao seu aprendizado ensinamentos novos, iniciando-se assim para ele sempre novas etapas, que devem ser ultrapassadas com muito respeito, amor, dedicação, renúncia e fé.

A firmeza interior pautada no exercício do amor ao próximo fará o médium se ver novamente no lugar do outro que chega na Casa em busca de ajuda, auxílio, esclarecimento e compreensão como o próprio médium chegou um dia.

A firmeza originada na caridade fará o médium entender que não deve julgar quem quer que seja e que muitas vezes ele sofrerá ingratidão e descrédito por parte de algumas pessoas ao verem seus pedidos negados pelas entidades de Umbanda que não barganham e nem trabalham contra as Leis de Deus.

Se hoje meus filhos já caminharam mais um pouquinho, mais motivos tem para buscar o exercício dessa firmeza interior.
Ser médium dentro do templo é muito fácil! O difícil é colocar-se como médium no dia-a-dia onde a sociedade pede muitas vezes uma postura não tão condizente com os ensinamentos de paz, amor e fraternidade deixados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo.

Lembrem-se filhos de fé, é através de vossas atitudes que o templo do qual você faz parte será representado, é através das vossas condutas que a Umbanda será mostrada a outras pessoas.

Médium, sinônimo de ponte, meio, instrumento. Que o médium de Umbanda seja um instrumento dócil nas mãos de Pai Oxalá para que assim as bênçãos de amor e luz possam se fazer na Terra.


Fonte: Um Caboclo em Terras brasileiras
Mensagem recebida em 09 de agosto de 2006, por Maria Luzia Leitão do Nascimento
Médium do Templo A Caminho da Paz - Cantinho de Pai Cipriano - RJ
Dirigente do Cantinho de Pai Firmino - Recife-PE

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Lar do Médium Umbandista



Texto retirado do blog do meu amigo e colaborador Denis Sant'Ana
http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com





Falamos do terreiro, do médium, da vida dos mesmos, da conduta moral e aperfeiçoamento espiritual que desenrola não apenas nos momentos que estamos no terreiro de Umbanda, mas nas 24 horas do dia de um verdadeiro médium umbandista.
Por estes fatores, pela vontade acirrada de melhorar ao mesmo tempo em que combate às trevas da ignorância e da maldade do Astral Inferior, o médium umbandista se vê constantemente assediado pelas entidades das trevas.
Ora com aqueles os quais acostumava se afinizar no passado (estes não aceitam que ele mude de lado, da mesma forma que credores antigos vêm cobrar com voracidade).
Mais ainda, ao procurar auxiliar os irmãos que os procuram sofrendo influências negativas, ele acaba “comprando” esta briga.
É lógico que o médium bem intencionado deve ser antes de tudo, prudente, assim como deve se utilizar todas as formas possíveis para se resguardar das correntes de magia negra que enfrenta, deve também cuidar de sua residência.
PENSEM BEM: A casa em que habita, que compartilha com seus familiares não foge a regra (ataques). Principalmente sabendo que estes familiares podem ser inimigos antigos reunidos para ajustes kármicos e eventualmente servem, como ponte de atuação para o Astral inferior.É fundamental que se procure evitar alimentar correntes de intrigas, invejas e perseguições dentro de casa, e algumas providências podem ser úteis.
Vejamos:
Mantenha sempre sua casa limpa e em ordem.
Sempre que possível, abra as janelas para que o ar ventile e renove.
A luz solar direta é altamente benéfica, desagregando e eliminando várias cargas negativas.
Ao limpar a casa, passar pano úmido com desinfetante que contenha óleo de eucalipto na fórmula, no chão e nos móveis, ou outra essência de sua preferência misturada com água ou álcool.
Em alguns cantos da casa, como próximo a porta de entrada, na sala de estar e no quarto, coloque uma pequena cumbuca (mais ou menos do tamanho de uma mão em concha), cheia de álcool comum com uma pedra ou tablete de cânfora. A cânfora se evaporará junto com o álcool, desagregando certas cargas negativas, além de desprender um cheiro agradável. A cânfora é encontrada em farmácias.
Ao invés de brigas e discussões inflamadas pela raiva, procure resolver seus problemas através de uma conversa madura, expondo seus sentimentos, por pior que sejam, de modo que se produza uma modificação para melhor e não apenas uma descarga de sentimentos negativos sem propósito construtivo. Relembrando que não precisamos ser santos, apenas procurar aprender com nossas falhas e pontos negativos.
Caso queira e possa... defume sua casa pelo menos uma vez por semana, de preferência a noite, no sentido de dentro para fora, dos fundos para frente da casa, sempre com as janelas e portas abertas.


Fonte: LIVRO: CULTURA UMBANDÍSTICA - OICD

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Salve Mamãe Oxum.





"Oxum lava meus olhos
Oxum minha emoção
Oxum flor das águas
lava o meu coraçao ..."

(Linda música de Keilah-Diniz)
Que Oxum me dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada.
Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimentos.
Oxum lava meus olhos
Oxum minha emoção ...

Oxum é a divindade do rio de mesmo nome que corre na Nigéria, em Ijexá e Ijebu. Era, segundo dizem, a segundo mulher de Xangô, tendo vivido antes com Ogum, Orunmilá e Oxossi. As mulheres que desejam ter filhos dirigem-se a Oxum, pois ela controla a fecundidade, graças aos laços mantidos com Ìyámi-Àjé ("Minha Mãe Feiticeira" ).
Sobre este assunto, uma lenda conta que: "Quando todos os orixás chegaram a terra, organizaram reuniões onde as mulheres não eram admitidas. Oxum ficou aborrecida por ser posta de lado e não poder participar de todas as deliberações. Para se vingar, tornou as mulheres estéreis e impediu que as atividades desenvolvidas pelos deuses chegassem a resultados favoráveis.
Desesperados, os orixás dirigiram-se a Olodumaré e explicaram-lhe que as coisas iam mal sobre a terra, apesar das decisões que tomavam em suas assembléias. Olodumaré perguntou se Oxum participava das reuniões e os orixás responderam que não.
Olodumaré explicou-lhes então que, sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade, nenhum de seus empreendimentos poderia dar certo.
De volta a terra, os orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos, o que ela acabou por aceitar depois de muito lhe rogarem.
Em seguida, as mulheres tornaram-se fecundas e todos os projetos obtiveram felizes resultados" .
Oxum é chamada de Ìyálóòde (Iaodê) título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade. Além disso, ela é a rainha de todos os rios e exerce seu poder sobre a água doce, sem a qual a vida na terra seria impossível. Os seus axés são constituídos por pêras do fundo do rio Oxum, de jóias de cobre e de um pente de tartaruga.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os perigos e conseqüências da mediunidade mal orientada.

A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.
Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.
E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.
Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.
Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.
A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.
Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.
É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.
Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.
Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.
Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório.. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.
Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.
Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.

A Intolerância Religiosa e a Ignorância



Quando daqui a 50, 100 anos nossos descendentes depararem com o fato de que o "Consolador" em 2011 não era divulgado nas escolas e nas Igrejas, a reação será a mesma.

           Transcrevemos a descrição daquilo que se chamava auto-de-fé:
         “O auto de fé - diz o escritor - consistia em apanhar uma dúzia de culpados, na consciência dos quais se haviam encontrado uns pensamentos escondidos (un recel de pensées); empilhavam-se, então, feixes de lenha, muito bem colocados, uns sobre outros, em boa ordem e simetria, visto que nossa Santa Madre Igreja sempre foi inimiga da desordem; do monte de achas emergia um poste; havia três, dez, algumas vezes uns vinte, destes belos postes, muito convenientemente espetados; ligavam-se a eles, com cordas inteiramente novas, os malandros suspeitos de medíocre fervor católico. Depois,  vinham os monges com círios e punham fogo aos feixes; a fumaça ascendia; as chamas precipitavam-se; os infortunados tentavam esforços sobre-humanos por se libertarem dos laços; a carne tostava; escapavam-se lhes bramidos de dor... Morriam em inomináveis agonias, com a face retorcida, a alma desesperada por tanta perversidade. Chamava-se a isto um auto-de-fé." (9)
          Um exemplo, este nosso:
         Giordano Bruno proclamava que milhares de mundos, sóis inumeráveis se achavam disseminados na infinita amplidão; que a Terra era um átomo lançado no espaço; não tinha importância especial nem preeminência com relação a outras terras, as
quais também se moviam no etéreo espaço infinito; afirmava que tudo é perfeição e ordem na natureza, devendo ter-se como errada a doutrina que conferisse prerrogativas ao atrasado mundo em que habitamos.

Lição no Apólogo



André Luiz comenta uma pérola da Filosofia, conhecida de todos os povos. Vale a pena refletir.


Na noite de 26 de janeiro de 1956, fomos agraciados com a visita de nosso amigo espiritual André Luiz, que nos ofereceu à meditação à página simples e expressiva que ele próprio intitulou "Lição no apólogo".
Diante das perturbações e das lágrimas que nos visitam cada noite o santuário de socorro espiritual, lembraremos velho apólogo, dezenas de vezes repetido na crônica de vários países do mundo e que, por pertencer à alma do povo, é também uma pérola da Filosofia a enriquecer-nos os corações. Certo cavalheiro que possuía três amigos foi convocado a comparecer no fórum, de modo a oferecer solução imediata aos problemas e enigmas que lhe manchavam a vida, porquanto já se achava na iminência de terrível condenação.
Em meio das dificuldades de que se via objeto, procurou os seus três benfeitores, suplicando-lhes proteção e conselho.
Arrogante, replicou-lhe o primeiro:
- Mais não posso fazer por ti que obter-te uma roupa nova para que compareças dignamente diante do juiz.
Muito preocupado, disse-lhe o segundo:
- Não obstante devotar-te a mais profunda estima, posso apenas fortalecer-te e acompanhar-te ate à porta do tribunal.
O terceiro, porém, afirmou-lhe humilde:
- Irei contigo e falarei por ti.
E esse último, estendendo-lhe os braços, amparou-o em todos os lances da luta e falou com tanta segurança e com tanta eloqüência em benefício dele, diante da justiça, que o mísero suspeito foi absolvido com a aprovação dos próprios acusadores que lhe observavam o processo.
Neste símbolo, temos a nossa própria história à frente da morte.
Todos nós, diante do sepulcro, somos chamados a exame na Contabilidade Divina.
E todos recorremos àqueles que nos protegem.
O primeiro amigo, o doador de trajes novos, é o dinheiro que nos garante as exéquias.
O segundo, aquele que nos acompanha até à porta do tribunal, é o mundo representado na pessoa dos nossos parentes ou na presença das nossas afeições mais queridas, que compungidamente nos seguem até à beira da sepultura.
O terceiro, contudo, é o bem que praticamos, a transformar-se em gênio tutelar de nossos destinos, e que, falando em nós e por nós, diante da justiça, consegue angariar-nos mais amplas oportunidades de serviço, quando não nos conquista a plena liberação do Espírito para a Vida Eterna.
Atendamos assim ao bem, onde estivermos, agora, hoje, amanhã e sempre, na certeza de que o bem que realizamos é a única luz do caminho infinito e que jamais se apagará.
André Luiz


Fonte : Vozes do Grande Além

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O amor



Na quinta parte do livro Depois da Morte onde Léon Denis discorre sobre as virtudes necessárias para percorrer este caminho. Na virtude do Amor, Léon Denis fala do Amor à Pátria com sua forma única de expor as idéias.

O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, governa-os e fecunda; o amor é o olhar de Deus!
          Não se designe com tal nome a ardente paixão que atiça os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem, de um grosseiro simulacro do amor. O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós a felicidade íntima, que se afasta extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.
          Amar é sentir-se viver em todos e por todos, é consagrar-se ao sacrifício, até à morte, em benefício de uma causa ou de um ser. Se quiserdes saber o que é amar, considerai os grandes vultos da Humanidade e, acima de todos, o Cristo, o amor encarnado, o Cristo, para quem o amor era toda a moral e toda a religião. Não disse ele: “Amai os vossos inimigos”?
          Por essas palavras, o Cristo não exige da nossa parte uma afeição que nos seja impossível, mas sim a ausência de todo ódio, de todo desejo de vingança, uma disposição sincera para ajudar nos momentos precisos aqueles que nos atribulam, estendendo-lhes um pouco de auxílio.

Em que estágio nos encontramos?





Este capítulo do livro de André Luiz, E a Vida Continua, nos permite ter uma vaga idéia do que nos falta para começarmos nossa ascenção. O grau de dificuldade com que você se avalia para atender as recomendações prescritas é mais ou menos o patamar em que nos encontramos. Mas anime-se; aqui está muito claro o nosso objetivo para a tolerância e o perdão.



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Ernesto em Serviço
 
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          Irmãos da Terra, em meio às vicissitudes da experiência humana, aprendei a tolerar e perdoar!... Por mais se vos fira ou calunie, injurie ou amaldiçoe, olvidai o mal: fazendo o bem!... Vós que tivestes a confiança traída ou o espírito dilacerado nas armadilhas da sombra, acendei a luz do amor onde estiverdes!... Companheiros que fostes vilipendiados ou insultados em vossas intenções mais sublimes, apagai as ofensas recebidas e bendizei os ultrajes que vos burilam o coração para a Vida Maior!... Irmãs que padecestes indescritíveis agravos na própria carne, desprezadas pelos carrascos risonhos que vos enlouqueceram de angústia, depois de vos acenarem com mentirosas promessas, abençoai aqueles que vos destruíram os sonhos!... Mães solteiras que fostes banidas do lar e batidas até a queda na prostituição, por haverdes tido suficiente coragem de não assassinar no próprio ventre os filhos de vossa desventura, com a insânia do aborto provocado, mães agoniadas às quais tantas vezes se nega até mesmo o direito de defesa, conferido aos nossos irmãos criminosos nas cadeias públicas, perdoai os vossos algozes!. .. Pais que trazeis nos ombros escalavrados de sofrimento a carga dolorosa dos filhos ingratos, filhos que aguentais na carne e na alma o despotismo e a brutalidade de pais insensíveis e cônjuges flechados entre as paredes domésticas pelos estiletes da incompreensão e da crueldade, absolvei-vos uns aos outros!... Obsidiados de todos os climas, tecei véus de piedade e esperança sobre os seres infelizes, encarnados ou desencarnados, que vos torturam as horas! Criaturas prejudicadas ou perseguidas de todos os recantos do mundo, perdoai a quantos se fizeram instrumentos de vossas aflições e de vossas lágrimas!... Quando sentirdes a tentação de revidar, lembrai-vos daquele que nos concitou a «amar os inimigos» e a «orar pelos que nos perseguem e caluniam»! Recordai o Cristo de Deus, preferindo ser condenado, a condenar, porque, em verdade, quantos praticam o mal não sabem o que fazem!... Convencei-vos de que as leis da morte não excetuam ninguém e não vos esqueçais de que, no dia do vosso grande adeus aos que ficarem na estância das provas, somente pela bênção da paz e do amor na consciência tranquila é que podereis alcançar a suspirada libertação!...


 E a Vida Continua

Fonte: http://www.vademecumespirita.com.br

Reedificação


Num momento sublime de mudanças
minha vida se transforma,
se deforma, se esvazia
de certos conceitos e também preconceitos.
Num momento sublime de mudanças
Posso ir por aqui
ou então não caminhar e, no tempo, parar.
Posso estar vendo a estrada
ou meus olhos só podem ver
as tristes madrugadas
que passei, sem perceber, a chorar.

Momento de reflexão,submissão
ou momento de reedificação...
Decomposição dos erros.
Substituindo-os por acertos.
Momento insano, vadio , profano
ou momento de engano?
Momento em que a mente
apela com sofreguidão
por algum conselho, alguma direção.

Momento de mudanças, com ou sem esperanças.
Mudando a vida, mudando até mesmo
o meu caminhar,
Viajando na estrada que não sei bem onde vai dar.
Momento de medo, momento de glória
Momento de erro, também de acerto.
Momento de submissão ou momento
de reedificação?

Escolho um caminho
vou trilhar por essa estrada.
Pensar que ao menos, tento mudar.
Mudar para melhor
ou para pior?
Jamais saberei
pois,nunca sonhei
com esse momento da vida de pernas pro ar.
É chegado o momento de caminhar.
Tentar de qualquer forma encontrar
o melhor caminho 
para que eu possa trillhar.

MILHO DE PIPOCA



Popcorn popping in slow motion. 


Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Assim acontece com a gente.

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.

Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.



Caso alguém saiba a autoria, por favor, avise e, imediatamente, darei os créditos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Religião e Espiritualidade



A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você trem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Seriam os círculos obras dos ETs?

A Doutrina dos Espíritos admite a vida em outros Planetas e civilizações encarnadas com nível de tecnologia muito mais avançadas que a nossa, não conseguimos sair de nosso Sistema Solar. Comparamos nossa situação com a dos índios brasileiros na época do descobrimento. Em algum momento, este encontro se concretizará.


Um desenho surgiu em uma plantação na Inglaterra  e reacende o debate sobre a origem dessas formas geométricas

Caio Barretto Briso



chamada.jpg
NOVIDADE
O primeiro círculo deste ano surgiu em uma
plantação em Wiltshire, na Inglaterra
Fenômeno extraterrestre ou engodo? Brincadeira ou arte? Verdade ou mentira? Desde meados da década de 1970, pessoas de todo o mundo se fazem essas perguntas quando um novo crop circle (círculos desenhados em áreas de colheita) aparece. O primeiro deste ano acaba de surgir numa plantação em Wiltshire, no sudoeste inglês, há duas semanas. O local, assim como Stonehenge, Avebury e Silbury Hill, áreas onde os círculos proliferam, é uma verdadeira meca da ufologia.

O passamento




1. A certeza da vida futura não exclui as apreensões quanto à passagem desta para a outra vida. Há muita gente que teme não a morte, em si, mas o momento da transição. Sofremos ou não nessa passagem? Por isso se inquietam, e com razão, visto que ninguém foge à lei fatal dessa transição. Podemos dispensar-nos de uma viagem neste mundo, menos essa. Ricos e pobres, devem todos fazê-la, e, por dolorosa que seja a franquia, nem posição nem fortuna poderiam suavizá-la.
          2. Vendo-se a calma de alguns moribundos e as convulsões terríveis de outros, pode-se previamente julgar que as sensações experimentadas nem sempre são as mesmas. Quem poderá, no entanto esclarecer-nos a tal respeito? Quem nos descreverá o fenômeno fisiológico da separação entre a alma e o corpo? Quem nos contará as impressões desse instante supremo quando a Ciência e a Religião se calam? E calam--se porque lhes falta o conhecimento das leis que regem as relações do Espírito e da matéria, parando uma nos umbrais da vida espiritual e a outra nos da vida material. O Espiritismo é o traço de união entre as duas, e só ele pode dizer-nos como se opera a transição, quer pelas noções mais positivas da natureza da alma, quer pela descrição dos que deixaram este mundo. O conhecimento do laço fluídico que une a alma ao corpo é a chave desse e de muitos outros fenômenos.
          3. A insensibilidade da matéria inerte é um fato, e só a alma experimenta sensações de dor e de prazer. Durante a vida, toda a desagregação material repercute na alma, que por este motivo recebe uma impressão mais ou menos dolorosa. É a alma e não o corpo quem sofre, pois este não é mais que instrumento da dor: — aquela é o paciente. Após a morte, separada a alma, o corpo pode ser impunemente mutilado que nada sentirá; aquela, por insulada, nada experimenta da destruição orgânica. A alma tem sensações próprias cuja fonte não reside na matéria tangível. O perispírito é o envoltório da alma e não se separa dela nem antes nem depois da morte. Ele não forma com ela mais que uma só entidade, e nem mesmo se pode conceber uma sem outro. Durante a vida o fluido perispirítico penetra o corpo em todas as suas partes e serve de veículo às sensações físicas da alma, do mesmo modo como esta, por seu intermédio, atua sobre o corpo e dirige-lhe os movimentos.

Um artigo sobre a Umbanda na visão de um Teólogo





Por Leonardo Boff *
Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual.
Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais.
É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuina brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas.
Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.
O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos.
Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual.
Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.

CIGANOS NA UMBANDA


            Linha bastante antiga de trabalhos na Umbanda, por vezes apresenta-se na  Linha do Oriente e com ela se confunde (1). Os ciganos atuam em diversas áreas, em especial no tocante à saúde, do amor e do conhecimento, com tratamento e características diferentes das de outras correntes, falanges e linhas. Assim como Povo Cigano, quando encarnado, possui origem antiga e pulverizada em diásporas e pelo nomadismo, o Povo Cigano do Astral assenta-se nos mais diversos terreiros de Umbanda cada qual poderá trabalhar e evoluir. Na Espiritualidade os ciganos não estão mais afeitos a tradições fechadas (ciganos apenas casando-se entre eles) e patriarcais terrenas (a mulher sem filhos biológicos praticamente perdendo seu valor perante o marido, a família e a comunidade), podendo atuar com mais liberdade, daí afinarem-se com a Umbanda, conhecida pelo sincretismo e por abrir as portas para diversas linhas espirituais.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Indignação?



Indignação?
Não.
Indignação sentirei
quando de onde estiver
em algum outro plano 
observar que meus descendentes 
não sentem o cheiro das rosas
não ouvem o canto dos pássaros
não enxergam o brilho da lua.

Indignação ?
Não.
Indignação sentirei
quando de onde estiver
em algum outro plano
observar que meus descendentes
Não sabem o que é subir em uma árvore
aliás, não sabem o que é árvore.
Não andam de pés descalços
pois, o calor do asfalto
queimam os seus delicados pés civilizados

Indignação?
Não.
Indignação sentirei
quando de onde estiver
em algum outro plano
observar que meus descendentes
Não tomam banhos em cachoeiras
Cachoeiras?
Não existem mais.
Não pisam mais na terra.
Terra?
Também deixou de existir.

Indignação?
Não.
Indignação sentirei
quando de onde estiver
em algum outro plano
observar que meus descendentes
são pálidas criaturas
enclausuradas entre quatro paredes
escravos da tecnologia
que não conhecem 
o carinho do colo da mãe
que não conhecem
o passeio no parque ou 
o final de semana na praia.

Indignação?
Não.
Indignação sentirei
quando estiver em algum outro plano
e perceber que nada fiz por meus descendentes
que compactuei com a destruição dos rios e das matas
que nada fiz para que meus descendentes
tivessem uma vida digna e saudável.
Aí sim, me sentirei indignada.

Texto de Mara Tozatto Morelli