segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Repensando as imagens de Exus




Amigos,

É início de ano e estamos, também, iniciando o ano no ArteFolk. Sei que coloquei um texto ontem, mas, na verdade, foi só uma reedição de um texto colocado logo após o natal, pois o considerei importante e poucas pessoas o leram. De qualquer forma, como os Exus sempre são reverenciados primeiro, é com eles que começo as postagens aqui.
O texto não é meu, é do usuário "filho do sol" do Orkut, postado em uma das comunidades. Achei deveras importante suas abordagens e gostaria que todos vocês dessem uma lida com carinho. O texto se chama "Repensando as imagens de Exus" e traz algumas informações importantes sobre nosso "imaginário coletivo" com relação a chifres, rabos e patas de bodes. Aproveitem.

É comum vermos hoje em dia muitas críticas vindas dos umbandistas acerca das populares imagens de exus encontradas nas lojas de produtos afro-brasileiros, espalhadas Brasil a fora. A crítica é de que essas imagens confundem os exus com o demônio católico, visto que a maioria delas caracterizará os guardiões da esquerda com pés de bode, chifres, rabos e outras coisas mais.

A intenção por trás dessa crítica é válida, pois infelizmente persiste o preconceito do senso comum da população, que associa sim os exus da Umbanda com  o diabo e argumentam que tais imagens só reforçariam este estigma negativo.

Porém gostaria de, neste pequeno texto, convidar a todos a refazerem suas leituras destas imagens, partindo, primeiramente, de um entendimento da própria imagem típica do demônio católico. Vamos lá?

O diabo, o “tinhoso” que paira do senso coletivo do povo é a figura de um ser que possui chifres, pés de bode, rabo e portador de um tridente. De onde veio essa imagem do demônio? Certamente da própria Bíblia que não foi, pois em nenhum momento, seja no antigo ou no novo testamento, há referencias a essa imagem.

A igreja católica, no seu ímpeto de impor suas crenças aos mais diversos povos do mundo adotou a esperta tática de ao mesmo tempo assimilar e rejeitar aspectos dos cultos pagãos com que entrava em contato na sua ânsia evangelizadora. Exemplo claro disso é o próprio culto mariano, que segundo historiadores seria um remanejo do antigo culto à Diana dos romanos, que teria sido transformado no seio do catolicismo.

Porém a maioria das antigas divindades foram rejeitadas e algumas  inclusive, passaram a ser associadas com o diabo. A igreja negava totalmente a sexualidade humana, pregando, entre outras coisas, que o sexo era somente válido para a reprodução, e que o prazer era o pecado. O celibato e a castidade tornavam-se virtudes inquestionáveis dentro desta nova mentalidade.

Assim sendo as antigas divindades totalmente sexualizadas foram totalmente rechaçadas, e logo associadas ao demônio. Exemplo clássico desse processo é o deus PÃ, da mitologia grega. Pã era o arquétipo do sátiro, uma divindade brincalhona e selvagem que vivia nos antigos bosques a tocar sua flauta, seduzindo para o coito, tanto lindas mulheres quanto para jovens rapazes. E justamente sua imagem era de um homem chifrudo, com pés de bode e rabinho! E o porquê destes elementos? Justamente porque Pã representava a natureza animal contida em todo ser humano, nos fazendo lembrar que, sim, somos animais! Temos nossos
instintos, incluindo aí o instinto sexual, e justamente por isso Pã, assim como o deus Cernunnos dos antigos celtas e o Exu Orixá dos africanos, era representado com o falo ereto.

Pronto! Logo esses deuses fálicos, antítese do moralismo católico, deram os elementos imagísticos que iriam compor a imagem folclórica do diabo, reforçada na idade média e até os dias hoje presente no imaginário coletivo.

Sendo assim falsa e criminosa é a imagem popular do diabo. Primeiramente, como espiritualistas sinceros, sabemos que não existe nenhuma entidade portadora de todo o mal, seja o nome que se queira dar a ela, muito menos que tenha essa imagem popular erroneamente associada. Portanto nossas imagens de exus, encontradas por aí nas mais diversas casas de artigos religiosos possuem um significado esotérico extremamente profundo, que passa despercebido aos incautos. Basta analisarmos pela ótica pagã: os exus e
pomba giras, como sabemos, representam a energia material e animal, os instintos, os desejos, a sexualidade humana, portanto, são entidades possuidoras dos mesmos arquétipos de Pã, Dionísio, Hermes, Exu Orixá, Cernunnos e tantas outras divindades sexualizadas e portadoras de características antropozoomórficas. Assim como Pã, os pés de bode na imagem de um exu representam a necessidade de, enquanto espiritualistas, não renegarmos nossa animalidade. Sim, pois tão errado quanto sermos joguetes dos nossos instintos é termos a postura hipócrita e falso-moralista de os negarmos, tentando tragicomicamente sermos que nem aqueles anjos barrocos pintados em diversas catedrais, possuidores
somente de cabeças com asas, sem corpo e sem nenhuma ligação material e animal.

A esquerda representa, assim, o lado sexual, instintivo e animal de cada ser humano, sendo uma energia vital para o trabalho espiritual, daí suas imagens serem sabiamente representadas com elementos animalescos, a nos lembrar o próprio arcano XV do Taro de Aleister Crowley , onde uma cabra selvagem, localizada à frente de um enorme falo ereto, está ironicamente sorrindo, nos lembrando que de por mais que idealizemos nossa condição, é impossível a renegarmos.

 Nino Denani

Happy Halloween









A palavra Halloween tem origem na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou "Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas, no século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico.
Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas  - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).


O Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo. Celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en.
Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte. Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.
Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati).
Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.



O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passa ser conhecido como o Dia das Bruxas.

brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar). No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.
Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador. Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.



Abóboras e velas: Jack O'Lantern (Jack da Lanterna)
A vela na abóbora provavelmente tem sua origem no folclore irlandês. Um homem chamado Jack, um alcoólatra grosseiro, em um 31 de outubro bebeu excessivamente e o diabo veio levar sua alma. Desesperado, Jack implora por mais um copo de bebida e o diabo concede. Jack estava sem dinheiro para o último trago e pede ao Diabo que se transforme em uma moeda. O Diabo concorda. Mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guarda-a na carteira, que tem um fecho em forma de cruz. Desesperado, o Diabo implora para sair e Jack propõe um trato: libertá-lo em troca de ficar na Terra por mais um ano inteiro. Sem opção, o Diabo concorda. Feliz com a oportunidade, Jack resolve mudar seu modo de agir e começa a tratar bem a esposa e os filhos, vai à igreja e faz até caridade. Mas a mudança não dura muito tempo, não.
No próximo ano, na noite de 31 de outubro, Jack está indo para casa quando o Diabo aparece. Jack, esperto como sempre, convence o diabo a pegar uma maçã de uma árvore. O diabo aceita e quando sobe no primeiro galho, Jack pega um canivete em seu bolso e desenha uma cruz no tronco. O diabo promete partir por mais dez anos. Sem aceitar a proposta, Jack ordena que o diabo nunca mais o aborreça. O diabo aceita e Jack o liberta da árvore.
Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morre. Tenta entrar no céu, mas sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno. O diabo, ainda desconfiado e se sentindo humilhado, também não permite sua entrada. Mas, com pena da alma perdida, o diabo joga uma brasa para que Jack possa iluminar seu caminho pelo limbo. Jack põe a brasa dentro de um nabo para que dure mais tempo e sai perambulando. Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então Jack O'Lantern (Jack da Lanterna). na América passa a ser uma abóbora, iluminada com uma brasa.

Sua alma penada passa a ser conhecida como Jack O'Lantern (Jack da Lanterna). Quem presta atenção vê uma luzinha fraca na noite de 31 de outubro. É Jack, procurando um lugar.
enganara Satã ao subir uma árvore. Jack então esculpiu uma imagem de uma cruz no tronco da árvore, prendendo o diabo para cima a árvore. Jack fez um acordo com o diabo, se ele nunca mais o tentasse novamente, ele o deixaria árvore abaixo.
De acordo com o conto de povo, depois de Jack morrer, ele a entrada dele foi negada no Céu, por causa de seus modos de malvado, mas ele teve acesso também negado ao Inferno, porque ele enganou o diabo. Ao invés, o diabo deu a ele uma brasa única para iluminar sua passagem para a escuridão frígida. A brasa era colocada dentro de um nabo para manter por mais tempo.
Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então o Jack O'Lantern (Jack da Lanterna), na América, era em uma abóbora, iluminada com uma brasa.


Bruxas

As bruxas têm papel importantíssimo no Halloween. Não é à toa que ela é conhecida como "Dia das Bruxas" em português. Segundo várias lendas, as bruxas se reuniam duas vezes por ano, durante a mudança das estações: no dia 30 de abril e no dia 31 de outubro. Chegando em vassouras voadoras, as bruxas participavam de uma festa chefiada pelo próprio Diabo. Elas jogavam maldições e feitiços em qualquer pessoa, transformavam-se em várias coisas e causavam todo tipo de transtorno.

Diz-se também que para encontrar uma bruxa era preciso colocar suas roupas do avesso e andar de costas durante a noite de Halloween. Então, à meia-noite, você veria uma bruxa!
A crença em bruxas chegou aos Estados Unidos com os primeiros colonizadores. Lá, elas se espalharam e misturaram-se com as histórias de bruxas contadas pelos índios norte-americanos e, mais tarde, com as crenças na magia negra trazidas pelos escravos africanos.
O gato preto é constantemente associado às bruxas. Lendas dizem que bruxas podem transformar-se em gatos. Algumas pessoas acreditavam que os gatos eram os espíritos dos mortos. Muitas superstições estão associadas aos gatos pretos. Uma das mais conhecidas é a de que se um gato preto cruzar seu caminho, você deve voltar pelo caminho de onde veio, pois se não o fizer, é azar na certa.
Halloween pelo mundo

A festa de Halloween, na verdade, equivale ao Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados, como foi absorvido pela Igreja Católica para apagar os vínculos pagãos, origem da festa. Os países de origem hispânica comemoram o Dia dos Mortos e não o Halloween. No Oriente, a tradição é ligada às crenças populares de cada país.

Espanha
Como no Brasil, comemora-se o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro e Finados no dia seguinte. As pessoas usam as datas para relembrar os mortos, decorando túmulos e lápides de pessoas que já faleceram.
Irlanda
A Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as pessoas acedem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou travessuras).
México
No dia 1º comemora-se o Dia dos Anjinhos, ou Dia dos Santos Inocentes, quando as crianças mortas antes do batismo são relembradas.
O Dia dos Mortos (El Dia de los Muertos), 2 de novembro, é bastante comemorado no México. As pessoas oferecem aos mortos aquilo que eles mais gostavam: pratos, bebidas, flores. Na véspera de Finados, família e amigos enfeitam os túmulos dos cemitérios e as pessoas comem, bebem e conversam, esperando a chegada dos mortos na madrugada.
Uma tradição bem popular são as caveiras doces, feitas com chocolate, marzipã e açúcar.
Tailândia
Nesse país, existe o festival Phi Ta Khon, comemorado com música e desfiles de máscaras acompanhados pela imagem de Buda. Segundo a lenda, fantasmas e espíritos andam entre os homens. A festividade acontece no primeiro dia das festas budistas.

Alguns significados simbólicos
a abóbora: simboliza a fertilidade e a sabedoria
a vela: indica os caminhos para os espíritos do outro plano astral.
o caldeirão: fazia parte da cultura - como mandaria a tradição. Dentro dele, os convidados devem atirar moedas e mensagens escritas com pedidos dirigidos aos espíritos.
a vassoura: simboliza o poder feminino que pode efetuar a limpeza da eletricidade negativa. Equivocadamente, pensa-se que ela servia para transporte das bruxas.
as moedas: devem ser recolhidas no final da festa para serem doadas aos necessitados.
os bilhetes com os pedidos, devem ser incinerados para que os pedidos sejam mais rapidamente atendidos, pois se elevarão através da fumaça.
a aranha - simboliza o destino e o fio que tecem suas teias, o meio, o suporte para seguir em frente.
o morcego - simbolizam a clarividência, pois que vêem além das formas e das aparências, sem necessidades da visão ocular. Captam os campos magnéticos pela força da própria energia e sensibilidade.
o sapo - está ligado à simbologia do poder da sabedoria feminina, símbolo lunar e atributo dos mortos e de magia feminina.
gato preto - símbolo da capacidade de meditação e recolhimento espiritual, autoconfiança, independência e liberdade. Plena harmonia com o Unirverso
Cores:
Laranja - cor da vitalidade e da energia que gera força. Os druidas acreditavam que nesta noite, passagem para o Ano Novo, espíritos de outros planos se aproximavam dos vivos para vampirizar a energia vital encontrada na cor laranja.
Preto - cor sacerdotal das vestes de muitos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes em geral. Cor do mestre.
Roxo - cor da magia ritualística.


Fonte: http://ilove.terra.com.br/lili/palavrasesentimentos/halloween_historia.asp

A carta cigana do mês 8 - O Jardim




O jardim representa o meio ambiente que nos cerca, os limites conhecidos. Aquilo que semeamos em nosso jardim é o que será depois colhido. Esta carta indica a necessidade de cada um de nós cuidarmos bem de nosso jardim; o jardim aqui é aquele cantinho de nossa vida, onde relaxamos, enfeitamos e nos sentimos bem. Pode referir-se à família, ao relacionamento, enfim cada um de nós tem o seu jardim particular.
      A hora agora é de cuidar deste jardim, hora de regar, de dar atenção aquilo que temos de bom em nossas vidas e muitas das vezes deixamos no canto, esquecendo de adubar, de podar, de limpar.
      Esta carta nos chama ao convívio familiar e dos amigos, mostra a necessidade de recarregarmos nossas forças nestes meios, porém para recebermos é preciso doar, logo é o momento de doar amor, de acolher, de ouvir, de se declarar, de agradar, para que num futuro próximo, bem próximo, possamos colher frutos e flores que saciarão nossas necessidades.
      O Jardim nos adverte também para o fato de que se não cuidarmos de nossos jardins, os mesmos poderão morrer, secando cada ser vivo que nele habita. Atenção especial aos relacionamentos familiares e amorosos; o momento é de cuidar.
      Enfim, esta carta revela bons momentos, paz e harmonia com quem e com o que gostamos, mas é preciso ter atenção para que nós também cultivemos bons sentimentos para com aqueles que estão ao nosso lado.

Namastê!


José Carlos Mello, dirigente de culto da Irmandade Umbandista Luz de Aruanda.
http://irmandadeumbandistaluzdearuanda.blogspot.com/

Somos filhos de Umbanda

Caros irmãos, motumbá
Meu nome é Carmem Na-Bemi, sou artista plástica e faço parte de um grupo que divulga a nossa Umbanda através de músicas que componho, esse grupo chama-se FILHOS DO AXÉ.
Nasci Umbandista, sou de Nanã Buruquê , Oxosse e Bessen, sou de orixá.
Tenho o prazer de estar postando   alguns artigos sobre Orixás e Umbanda, e juntos estaremos aprendendo uns com os outros.
Umbanda, é divina e sagrada, vem da magia da Natureza.

É a luz da vela, o cheiro da guiné, a palavra mansa dos pretos velhos, a sabedoria dos Orixás, a pureza dos êres.
A Umbanda nos ensina a humildade de reconhecer que somos apenas aprendizes da vida e seguidores da caridade e do amor divino. Onde só crescemos quando ajudamos um irmão crescer, pois somos  soldados que empunha a mesma bandeira e luta pela mesma causa.
Somos todos filhos dessa mãe sagrada, que abriga em seu seio, filhos de todas as nações e como bons filhos, temos orgulho de dizer " sou Umbandista" pertenço a uma grande corrente, onde sou apenas um elo, mas se me unir a outro e a outro, seremos uma grande corrente capaz de abraçar o  mundo com todo nosso axé.
Que Oxalá irradie a fé em todos os corações e que minha mãe Nanã Buruquê derrame sabedoria em todo o meu povo do axé. motumbá



Mameto Carmem Na-Bemi

Salve as linhas de Umbanda







Oxalá, o Cristo Jesus, Senhor de todos Orixás,
Abençoou nossa terra com este belo presente,
Esta religião que nos ensina Amor e Caridade!
Este culto brasileiro chamado Umbanda,
Que nos traz a Força da Fé e da Esperança
E que nos incentiva o Perdão e a Amizade!
Pois sob a Proteção de São Jorge, que é Ogum,
Não há caminho fechado nem há mal algum
No mundo que nos faça desistir de nossa luta!
Ogunhê!
Ante a Justiça de São Jerônimo, Pai Xangô,
Cada irmão merece respeito, tem seu valor,
Pois do alto da montanha ele tudo observa!
Kaô Kabecilê!
Santa Bárbara, que é a Senhora dos Ventos,
Iansã Guerreira, que enfrenta os tormentos,
É ela quem amansa todo tipo de sofrimento!
Eparrei!
Oxum, Senhora dos Lagos e das Cachoeiras,
Mãe que consola os seus filhos na tristeza,
Derrama sobre nós suas águas, sua pureza!
Ora ieieo!
Oxóssi, Caçador, nosso Rei da Floresta,
Amante da vida, que ao canto do sabiá
Avisa o povo que a mata está em festa!
Okê!
Dona Janaína, como é linda Iemanjá,
É a Mãe do Mar, da Família e do Lar,
Nos traz a Beleza e a Luz da compaixão!
Odôiá!
Preto-velho, senhor humilde,
Doutor na ciência da vida,
Sua fala são sábios conselhos!
Angorô
Caboclo, guerreiro da mata,
Sua coragem me inspira
A vencer qualquer obstáculo!
Criança, a alegria do terreiro,
Apaga a tristeza com o sorriso,
Brinca com quem se sente só!
Salve as Crianças
Povo de rua, Pomba-gira e Exu,
Povo de força, que, em seu trabalho,
Protege os irmãos de todo o mal!
Laroiê
Os Orixás desceram ao terreiro,
Pra saravá o povo brasileiro!
Por:
Diogo F. Tenório

A Umbanda merece…

altExistem algumas atitudes que além de
demonstrarem nosso respeito, falam mais
que mil palavras não é mesmo?
Pois bem, acredito que quando os
médiuns umbandistas entenderem essa
colocação e começarem a agir prestando
atenção no respeito e no exemplo que
estão demonstrando e promovendo, a
Umbanda será vista pela sociedade de forma muito mais elevada do que acontece hoje em dia.
É, acredito realmente que Posturas, Atitudes e Conhecimento são fundamentais para alcançarmos
uma Umbanda mais aceita, mais respeitada e mais séria.
O fato é que essas posturas e atitudes estão vinculadas ao modo que os médiuns se comportam fora
e dentro do terreiro, já o conhecimento está atrelado à capacidade de responder pela e sobre a
Umbanda.
No entanto, percebo que muitos médiuns não têm postura, atitude e muito menos conhecimento
condizente com a Umbanda e com todos seus fundamentos e tradição, posso citar como exemplo, a
falta de conhecimento que muitos médiuns têm sobre o “simples” ato de ENTRAR NO TERREIRO.
Sei que parece bobo dar esse exemplo, afinal existem “coisas” tão mais importantes na Umbanda,
mas realmente acredito que todos os médiuns umbandistas devem ser respeitosos, devem ter o
conhecimento e estarem conscientes do que é um Terreiro, dos fundamentos que envolvem “entrar em
um Terreiro”, das Forças assentadas e do trabalho realizado dentro daquele espaço mágico, portanto,
é seu dever, sempre que atravessarem a fronteira do profano para o Sagrado, ou seja, sempre que
entrarem em um Terreiro, fazerem as devidas saudações sabendo o que cada ato significa, mesmo
porque, eles nunca saberão quando e por quem serão questionados sobre determinados movimentos
e atitudes que normalmente se faz ao entrar em um terreiro.
Mesmo sabendo que cada terreiro tem sua forma específica de realizar suas saudações, quero pontuar
algumas atitudes, que espero, faça a diferença neste ato que particularmente entendo ser de suma
importância, uma atitude de respeito às Forças Divinas que sustentam aquele Terreiro e o próprio
médium, além de exprimir uma postura condizente à Umbanda e seus Poderes Divinos.
Em primeiro lugar, o médium ao adentrar no terreiro deve Saudar as Forças dos Srs. Exus/Guardiões e
das Sras. Pombagiras/Guardiãs assentadas na Tronqueira e para tanto, deve parar por alguns minutos
de frente à tronqueira e com a cabeça baixa, agradecer a permissão de sua entrada naquela Casa
Santa. Caso seja necessário, nesse momento também se pede para os espíritos negativos, que por
ventura estão perturbando o equilíbrio do médium, sejam recolhidos e encaminhados pela Força da
Esquerda com a permissão de Ogum, consequentemente o agradecimento e os momentos de
permanência de frente à tronqueira serão maiores. Portanto deve-se sempre agradecer a guarda, a
força e a proteção que ELES proporcionam em nossas vidas e ao terreiro.
Normalmente e dependendo do terreiro, durante esses momentos de agradecimento bate-se palmas
três vezes e/ou toca-se no chão saudando o “embaixo” também três vezes pronunciando sua saudação
que é “Laroye Exu. Exu é Mojubá!”. Segundo a ‘Enciclopédia brasileira da Diáspora Africana’ de Nei
Lopes, Laroye significa: interjeição de saudação a Exu, um dos nomes de Exu e Mojubá
significa:fórmula de saudação e reverência, dirigidas pelos fiéis aos orixás. Do ioruba ‘mo juba’, “eu (te)
reconheço como superior”.
Em um segundo momento deve-se Saudar o Congá e o Altar, locais e pontos Sagrados que devem ser
respeitados, afinal, é entre tantas coisas, onde se realizam as grandes trocas de energias, é onde
todas as Irradiações Divinas estão concentradas e consequentemente são projetadas a todos,
principalmente sobre aqueles que reconhecem e aceitam esse Poder Divino.
Para saudar o Congá deve-se fazer três vezes o sinal da cruz no chão antes mesmo de entrar nesse
espaço. Fazendo esse sinal, abre-se um portal divino de amorosidade e fé seguindo o ensinamento de
Jesus no momento de sua crucificação. Fazendo três vezes se afirma, reafirma e determina esse ato.
Fazendo no chão “acordar” a força da terra e toda sua potência energética transmutadora,
transformadora, curadora, sábia e ancestral.
Já o ato de “Bater Cabeça” não deve ser ou se tornar um ‘costume’ ou uma ‘repetição’, mas uma
atitude de reverência, entrega, devoção e adoração diante dos e pelos Sagrados Orixás. É nessa hora
que comungamos com Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluayê, Iemanjá e com todos os Guias
Espirituais, é nessa hora que pedimos  que nos ajudem a mantermos nossos olhos fechados para o
ciúme, para o egoísmo e para a inveja, assim como nossos ouvidos fechados para a intriga e para a
curiosidade que fortifica a fofoca.
É nessa hora que pedimos que nos ajudem a manter nossos corações abertos para o amor, para a fé,
para a compaixão e para a esperança, e que nossa mente esteja sempre aberta para o discernimento,
para a sabedoria e para a paciência. Que nos ajudem a manter nosso espírito purificado e iluminado
para que assim possamos servir de “simples” instrumentos de Deus, da Lei e da Justiça Divina. É o
momento de agradecer, agradecer e agradecer por essa oportunidade única e excelsa que temos por
estar diante do Poder Divino, diante dos Orixás.
Além disso, é o momento de absorver as potências energéticas da Terra pedindo para ela transmutar
todos nossos pensamentos e sentimentos negativos, além de nos envolver com a Sabedoria Sagrada
de nossa ancestralidade que em tempos remotos foi levada a terra.
E por fim, e não menos importante, o médium deve Saudar, ou melhor, Tomar a Benção de seu Pai ou
Mãe Espiritual.
Quando isso ocorre, o “filho” está reconhecendo seu Pai Espiritual como o detentor dos conhecimentos
da Lei de Umbanda e como seu orientador, portanto é ele que o conduzirá, o sustentará e o protegerá
dentro da doutrina religiosa umbandista e diante da própria vida.
“Tomar a Benção” é sim um procedimento de reconhecimento e de respeito à Hierarquia, mais do que
isso, é um ato de entrega, respeito e confiança, portanto aquele que “dá a benção” tem que estar
consciente de suas responsabilidades, assim como deve rever e reavaliar seus atos constantemente
para que eles sejam e estejam idôneos à sua posição. “Tomar a Benção” ou “Dar a Benção” é coisa
séria e tem fundamento, portanto é preciso ter Atitude, Respeito e Conhecimento.

Aproveitem um pouco daquele “olhar de poeta” e percebam: quando o médium toma entre suas mãos
a mão de seu Pai Espiritual e a beija respeitosamente levando-a até a sua testa e beijando-a
novamente, ele está saudando, determinando e reafirmando sua fé acima de tudo a Trindade Divina.
Percebam que são três atos, beijar a mão, colocar na testa e beijar novamente, o que significa o
respeito à Trindade, além disso, ao beijar pela primeira vez o médium está afirmando que aquela mão
tem “poder”, tem “conhecimento” e tem “autoridade”; ao colocar essa mão na testa o médium está
afirmando que somente aquela mão tem a permissão de tocar em sua coroa – afirmativa que
magneticamente e vibratoriamente dá proteção àquele médium pois dificulta a ação de espíritos
negativos que continuamente tentam “dominar” o mental do mesmo – automaticamente o Pai
silenciosamente “pede” para que todo seu Saber seja absorvido por aquele ‘filho’, afinal sem
conhecimento não há evolução, e intimamente, ao tocar com as mãos na testa de seu filho, o Pai diz:
“eu te dou o meu Saber meu filho, receba e evolua em espírito”; por fim, ao beijar novamente a mão do
Pai espiritual, o médium está confirmando o desejo de que aquelas mãos preparadas o conduza no
trabalho espiritual  e no encontro aos Orixás, por isso que ao pedir a benção o Pai Espiritual responde
“Seja Oxalá quem lhe abençoe meu filho”. Importante perceber que com essa afirmativa o Pai já está
proporcionando o encontro do médium com os Orixás. Basta ter Fé, Atitude, Respeito e Conhecimento.
É, a Umbanda tem fundamento sim, e é nosso dever e nossa obrigação saber “preparar”.

É nosso dever e nossa obrigação saber se comportar, ensinar e respeitar. É nosso dever e nossa
obrigação dar bons exemplos e responder por nossos atos e pela Umbanda, mesmo porque, na
Umbanda NADA É SIMPLES, mas tudo é de uma simplicidade impar. Fiquemos atentos!!!

Introdução ao livro "O essencial do Candomblé"








"Ninguém tem o direito de direcionar o amor de Deus. Deus ama incondicionalmente a todos. Os bons, os
maus, os gays, as lésbicas, os negros e os brancos." (Desmond Mpilo Tutu, Arcebispo Emérito da Igreja
Anglicana da África do Sul).
Agradeço aos Sagrados Orixás, aos Guias, Protetores, Guardiões, a tantos amigos deste e de outros Planos a
oportunidade de vivenciar o Candomblé e a Umbanda de maneira consciente, dialógica e fraterna, voltando os
olhos e o coração para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso.
            Este trabalho visa a apresentar o Candomblé em sua unidade e diversidade sem a pretensão de
esgotar o tema ou de direcioná-lo para esta ou aquela prática específica de fundamento, liturgia, organização e
outros.
            Dedico este livro ao Caboclo Pena Branca, que me mostra o caminho, e às babás Paula, Marissol e
Vânia, que me ajudam a trilhá-lo; a todos os irmãos da Tenda de Umbanda Caboclo Pena Branca e Mãe
Nossa Senhora Aparecida; a Iya Senzaruban, dirigente do Ilê Iya Tunde (Candomblé Vegetariano), casa onde
saí Ogã da Oxum, minha mãe, minha Ialodê; a Mam´etu Yademaza e a Tata Kutalangô/Wilson Santos (Inzo Iya
Nkise Muxima Ndandalunda); ao Babalorixá Eduardo Gomes T´Osumare (IIe Omi Asé Afojidan e Comunidade
Lua Branca); ao Centro de Documentação, Cultura e Política Negra de Piracicaba; à Biblioteca Municipal de
Piracicaba; a Antônio Filogênio Júnior; a Sávio Gonçalves, irmão de Mucuiú, irmão de Saravá; a Mara Tozatto,
irmã de fé e de letras; a meus pais Ademir e Laís; à minha irmã Arianna.
            “Ibiti enia ko si ko si imale” (“Onde não há humanidade, não há divindade”).
            Na certeza de que, para bater cabeça (em todos os sentidos), é preciso ter uma, desejo aos leitores
muito Axé!
Dermes
(Ademir Barbosa Júnior)
NOVO LIVRO DE AUTOR PIRACICABANO
A Editora Universo dos Livros publica no mês de setembro “O Essencial do Candomblé”, do autor piracicabano Ademir Barbosa Júnior (Dermes). O livro aborda o Candomblé em seu histórico, Nações-tronco, Orixás, Voduns, Inquices, vestuário, símbolos, principais cerimônias e temas afins, dedicando capítulos específicos para outras religiões de matriz africana e para o chamado Candomblé Vegetariano. Dermes é também autor de “Curso Essencial de Umbanda” (Universo dos Livros) e “xirê” (Limão Doce).
Em Piracicaba, “O Essencial do Candomblé” terá duas noites de autógrafos, em comemoração à Semana da Consciência Negra: no dia 24 de novembro, às 20h, na Biblioteca Pública Ricardo Ferraz de Arruda Pinto, com diversas apresentações musicais, e no dia 26 de novembro, às 19h, no Espaço Cultural da Ema, em comemoração ao aniversário do Porto Maracatu.
Carreira
O autor tem 13 livros publicados, com destaque para “Memórias do Presidente”, premiado no 1o. Festival Universitário de Literatura e finalista (Categoria Poesia) no Projeto Nascente USP/1997, e “O Sapo Voador”, segundo colocado no IV Concurso Literário Prof. Nelson Abel de Almeida – Categoria Literatura Infantil, indicado ao Prêmio Jabuti 2002 (Categoria “ilustração”/cinco finalistas), selecionado para o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) 2003 e para o PNBE (Programa Nacional de Bibliotecas Escolares) 2006, com mais de 30.000 exemplares vendidos.
Dermes é também autor de 24 revistas especializadas, vendidas em todo o país e em Portugal, com temas que vão de Língua Portuguesa, Literatura e Redação a Terapias Holísticas e Biografias.
O Autor
Mestre em Reiki, tarólogo e numerólogo, Dermes foi confirmado Ogã no Ilê Iya Tunde (Itanhaém, SP), com a dijina de Tata Obasiré (lê-se "Obaxirê"), em virtude das brincadeiras e molecagens no Ilê (“Obasiré”: “o rei da brincadeira/festa”). Atualmente é umbandista, filho da Tenda de Umbanda Caboclo Pena Branca e Mãe Nossa Senhora Aparecida, em Piracicaba, SP. Terapeuta holístico, ex-seminarista salesiano, com vivência em casas espíritas, participa amorosamente do diálogo ecumênico e inter-religioso e mantém uma coluna sobre Espiritualidade no sítio http://mundoaruanda.com. Coordenador Cultural do “Projeto Tambores no Engenho”, desenvolvido pela Tenda de Umbanda Caboclo Pena Branca e Mãe Nossa Senhora Aparecida, responsável pela criação, pesquisa e encaminhamento do espetáculo “Águas da Oxum”, é idealizador e um dos coordenadores do Fórum Municipal das Religiões Afro-brasileiras de Piracicaba. Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo, onde também se graduou em Letras, acredita que a postura mais interessante na vida é a de aprendiz.